Networking de US$ 4.600 exclui todos os homens e certas mulheres
(Bloomberg) -- O preço do networking experimental em uma ilha finlandesa que proíbe a entrada de homens e só aceita mulheres cuidadosamente selecionadas é de 4.000 euros, ou US$ 4.600.
O pacote inclui ferramentas de autoajuda que podem levar as participantes a mudarem o rumo de suas carreiras profissionais e treinamento cognitivo para expulsar pensamentos negativos.
Aproximadamente 7.000 mulheres se inscreveram quando o projeto da ilha foi inaugurado neste ano e apenas cerca de 140 foram selecionadas por meio de entrevistas em vídeo com a fundadora do projeto, Kristina Roth.
As poucas que conseguem entrar podem esperar "viver e respirar a união das mulheres", diz Roth. Ela rejeita as críticas que insinuam que a decisão de permitir apenas mulheres sugere discriminação de gênero contra os homens.
"Você pode focar em 'nenhum homem' ou pode focar em 'para mulheres', é uma escolha sua", diz Roth. "Eu digo 'para mulheres.'"
"A versão de que não há nenhum homem na ilha é obviamente o que gera as grandes manchetes, mas o que 'nenhum homem' deixa em aberto é a interpretação de se é um encontro de mulheres que odeiam homens e dançam ao redor de uma fogueira ou se é uma reunião para mulheres", disse ela.
Phoukham Bounkeua, psicoterapeuta de 46 anos de Renton, Washington, nos EUA, está entre as selecionadas. Bounkeua, que foi a primeira a reservar a passagem para conhecer outras SuperShes (SuperElas), diz que se sentiu atraída pela ideia de ser incluída em uma "sororidade" de apoio mútuo.
Entre as outras convidadas estão uma enfermeira da Flórida, uma advogada de Nova York, uma fotógrafa, a fundadora e CEO de uma consultoria de comunicações e a proprietária de uma agência de marketing.
"Cada uma dessas mulheres será um ativo valioso" quando a semana acabar, disse Bounkeua. "Tem sido mais significativo do que eu imaginei que fosse possível." Ela tem dois filhos para criar e empréstimos estudantis e uma hipoteca para pagar, mas decidiu que o preço valia a pena.
Roth diz que o nível de preços "atrai pessoas que realmente querem estar aqui e que realmente economizam para isso". O processo de seleção garante que as hóspedes "realmente se encaixem", disse ela.
As hóspedes comem iogurte caseiro de coco e salmão defumado em uma fogueira na praia. Instrutoras dãoaulas de ginástica, ioga e caiaque. A conversa aborda coisas como calcular seu fluxo de caixa e administrar uma empresa de sucesso. Roth também está trabalhando em uma maneira mais acessível de participar dos eventos, com oficinas à distância por meio de um portal privado cujo acesso custará 150 euros por ano.
O conceito SuperShe não consiste em estabelecer contatos em um sentido tradicional, nos quais os benefícios tendem a ser mais quantificáveis, diz Marjo-Riitta Diehl, professora da escola de Administração alemã EBS Universitat für Wirtschaft und Recht.
"É questionável se isso pode ser chamado de networking ou se é mais sobre ser sociável e criar relacionamentos praticando ioga, fazendo sauna e mergulhando em discussões", disse ela por telefone. Os benefícios do SuperShe para o progresso profissional são mais um "produto secundário", obtido por meio de contatos ou simplesmente por ganhar mais autoestima. Ambos são "igualmente valiosos", disse ela.
A ilha finlandesa recebe no máximo oito pessoas em quatro cabanas. Roth agora ?está ?organizando o próximo resort SuperShe, desta vez nas Ilhas Turcas e Caicos.
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