Amor dos indianos por eletrônicos afeta conta-corrente
(Bloomberg) -- O amor dos indianos pelo ouro é famoso, mas agora eles mostram fascínio também pelos eletrônicos. E isso tem seu preço.
O aumento constante das compras de smartphones, TVs e outros produtos transformou os eletrônicos no segundo maior item em importações da Índia depois do petróleo e está ampliando ainda mais o déficit comercial do país.
A notícia é ruim para a rúpia, já prejudicada pela preocupação com o petróleo importado mais caro. Economistas consultados pela Bloomberg projetam que o déficit em conta-corrente aumentará para 2,3 por cento do produto interno bruto no ano fiscal que termina em março de 2019, contra 1,9 por cento atualmente.
"O aumento das importações de itens eletrônicos já está afetando o déficit em conta-corrente", disse Saugata Bhattacharya, economista-chefe do Axis Bank em Mumbai. "Uma forma de resolver isso é a Índia se integrar mais à cadeia global de abastecimento nos próximos anos."
O primeiro-ministro Narendra Modi tem apostado em seu programa "Make in India" -- destinado a fomentar a indústria local -- para ajudar a reduzir a dependência do país em relação às importações. Mas as empresas internacionais ainda não aderiram muito e a China foi a maior fornecedora de telefones celulares, computadores pessoais e outros eletrônicos de consumo no exercício financeiro encerrado em março, respondendo por quase 60 por cento do total.
Dados do governo para o período de 13 meses até maio mostram que as importações de eletrônicos foram avaliadas em US$ 57,8 bilhões, muito mais do que os US$ 35,8 bilhões em compras de ouro.
"O desafio da conta-corrente da Índia agora não é apenas o petróleo, mas também os eletrônicos", disse Uday Kotak, diretor-gerente do Kotak Mahindra Bank, em postagem no Twitter. "O ouro caiu para o terceiro lugar. O déficit líquido de ouro é menor, mas as importações de eletrônicos praticamente dobraram em cinco anos."
Repórteres da matéria original: Vrishti Beniwal em Nova Délhi, vbeniwal1@bloomberg.net;Anirban Nag em Mumbai, anag8@bloomberg.net
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