China estuda novos cortes em subsídios para carros elétricos
(Bloomberg) -- A China estuda uma redução adicional nos subsídios para veículos elétricos no ano que vem em um momento em que o governo pressiona as fabricantes de veículos a inovarem em vez de dependerem de políticas fiscais para estimular a demanda por carros movidos a energias alternativas, disseram pessoas a par do plano.
O incentivo médio para compra por veículo elétrico pode ser reduzido em mais de um terço em relação aos níveis de 2018, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas revelando informações privadas. Os veículos podem precisar ter autonomia de pelo menos 200 quilômetros por recarga para ter direito a incentivos, contra 150 quilômetros atualmente, disseram as pessoas. O plano ainda está em discussão e pode sofrer mudanças, disseram.
Os subsídios têm sido fundamentais para a fabricação de híbridos plug-in e veículos elétricos de empresas como a BYD, apoiada por Warren Buffett, a preços mais acessíveis para os consumidores chineses e ajudaram o país a ultrapassar os EUA como maior mercado do mundo em 2015. O governo central investiu 6,64 bilhões de yuans (US$ 1 bilhão) no ano passado no financiamento da compra de automóveis do tipo. Além do gasto do governo federal, as cidades e províncias chinesas, em separado, oferecem incentivos para tornar os carros elétricos mais atraentes em um país no qual fabricantes de veículos como Volkswagen e Ford Motor planejam ampliar o número de veículos elétricos oferecidos.
"A China está deixando os incentivos de lado", disse Ali Izadi-Najafabadi, analista da Bloomberg NEF. "O governo quer ter certeza de que as fabricantes de automóveis lançarão modelos atraentes para os consumidores, fixando subsídios, portanto, ligados a requisitos mínimos de autonomia."
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, que formula políticas para a indústria automotiva, não respondeu imediatamente a um fax com pedido de comentário.
Foco na inovação
O governo está reduzindo os subsídios para dar mais ênfase à necessidade de melhorias tecnológicas para garantir o sucesso do setor a longo prazo. Como parte das novas regras que entraram em vigor em 12 de fevereiro, a China reduziu os subsídios em variados níveis para veículos elétricos com autonomia de direção de menos de 300 quilômetros. Ao mesmo tempo, o incentivo para os veículos com autonomia de 400 quilômetros ou mais foi elevado para 50.000 yuans.
"As políticas do governo provocam um enorme impacto no setor de veículos de nova energia e cada ajuste feito no front político nos próximos dois anos resultará em grandes mudanças no setor", disse Li Yixiu, chefe de vendas da Beijing Electric Vehicle, a maior fabricante de carros 100 por cento elétricos da China, a jornalistas, em 5 de julho.
"Acreditamos que não há chance de as fabricantes de veículos aumentarem os preços para compensar a queda no financiamento do governo", disse Li. "Em vez disso, precisamos criar novos produtos e serviços competitivos para responder."
To contact Bloomberg News staff for this story: Ying Tian em Pequim, ytian@bloomberg.net;Heng Xie em Pequim, hxie34@bloomberg.net
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