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Compras no Prime Day da Amazon superam US$ 4 bi, dizem analistas

Spencer Soper

19/07/2018 10h05

(Bloomberg) -- Os consumidores gastaram US$ 4,2 bilhões durante a promoção Prime Day, da Amazon.com, um aumento de 33 por cento em relação ao ano anterior, segundo estimativas de Michael Pachter, analista da Wedbush Securities.

A varejista on-line não divulga a receita do evento de 36 horas que começou na segunda-feira. Pachter baseou sua estimativa nas informações divulgadas pela empresa, como o envio de mais de 100 milhões de produtos e que as empresas de pequeno e médio porte tenham vendido mais de US$ 1 bilhão em mercadorias nas primeiras 24 horas. A loja virtual da Amazon oferece mercadoria própria e também produtos de mais de 2 milhões de comerciantes independentes que pagam comissões e taxas à Amazon para armazenar, entregar e vender na plataforma.

A estimativa de Pachter supera a previsão de US$ 3,4 bilhões da Coresight Research, feita antes do evento, e reforça as projeções iniciais de que a Amazon tinha conseguido superar as falhas técnicas que frustraram alguns compradores no início da venda. Muitos consumidores se decepcionaram porque não conseguiram adicionar produtos ao carrinho ou suas tentativas de pesquisar mercadorias geraram uma página de erro com fotos de cachorros.

As categorias de crescimento mais acelerado foram produtos para animais de estimação, artigos esportivos, mantimentos e produtos de beleza, o que revela que o evento não se limita a descontos iniciais de arromba em televisores e eletrônicos, de acordo com a Feedvisor, que vende o software de precificação de produtos usado por comerciantes da Amazon.

Os vendedores independentes da Amazon também tiveram um bom dia. Os comerciantes que vendem na plataforma observaram um aumento de 28 por cento nas vendas durante as primeiras 30 horas do Prime Day em comparação com o evento do ano passado, que durou apenas 30 horas, segundo a Skubana, empresa de software de comércio eletrônico que agregou dados de centenas de clientes que vendem na Amazon. O aumento nas vendas ajudou a compensar o dinheiro extra que os comerciantes gastaram em publicidade ou para ser destaque em promoções temporárias no site, disse Chad Rubin, cofundador da Skubana. A Amazon, que tem sede em Seattle, vende propaganda aos comerciantes e cobra taxas para incluí-los em seus "descontos-relâmpago" que são exibidos em destaque durante o evento.

"Uma maré alta eleva todos os navios", disse Rubin. "O aumento no tráfego beneficiou nossos clientes, especialmente aqueles que viram um aumento na receita bruta sem pagar mais por descontos-relâmpago nem dedicar mais dólares a propagandas na Amazon."