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Compra de energia limpa por corporações bate recorde de 2017

Brian Eckhouse

03/08/2018 12h01

(Bloomberg) -- As empresas e os órgãos públicos estão comprando mais energia limpa do que nunca.

As empresas em geral e os órgãos do governo, excluindo distribuidoras, fecharam acordos para a compra de 7,2 gigawatts de energia limpa em todo o mundo no ano até agora, total que já supera o recorde de 5,4 gigawatts em todo o ano de 2017, segundo relatório da Bloomberg NEF divulgado nesta sexta-feira.

O aumento surge em um momento em que comunidades, países e empresas definem metas para a energia limpa como parte de um esforço global cada vez maior de combate às mudanças climáticas. O crescimento mostra que a explosão das energias renováveis tem bastante espaço para crescer. Em alguns mercados, a energia renovável é a fonte mais barata de eletricidade.

"O resultado definitivamente não é algo pontual deste ano", disse Kyle Harrison, analista da Bloomberg NEF em Nova York, em entrevista.

Há outros fatores que impulsionam o aumento. Mais países estão implementando programas de energias renováveis que incentivam esses acordos. E, no caso das empresas, os contratos de longo prazo para a compra de energia limpa produzida por parques eólicos e solares também podem atuar como proteção contra a incerteza dos preços do atacado.

Isso ajuda a levar o número de compradores além das empresas de tecnologia. As empresas industriais e de comunicação surgiram como grandes compradoras. O Facebook foi o maior comprador nos sete primeiros meses deste ano, seguido por AT&T, Norsk Hydro, Alcoa, Microsoft e Walmart, segundo o relatório.

Nos EUA, as corporações assinaram um recorde de 4,2 gigawatts em contratos neste ano, cerca de 58 por cento do total global. O recorde foi estabelecido apesar da onda de políticas federais que poderiam reduzir a demanda por energia limpa, como tarifas aos painéis solares, ao aço e ao alumínio e uma ampla reforma da política fiscal federal.

"A demanda corporativa mostrou que é resiliente a qualquer impacto gerado pelo governo Trump", disse Harrison.