Wall Street canta vitória com diversidade entre estagiários
(Bloomberg) -- A diversidade parece reinar em Wall Street - pelo menos durante o verão no hemisfério norte.
A safra de estagiários do Bank of America deste ano é "o grupo mais diversificado da história", informou o banco aos investidores na teleconferência de apresentação do balanço do segundo trimestre. As mulheres representam 45 por cento do grupo atual, em comparação com 42 por cento em 2017, e os estagiários não brancos, 55 por cento. O Goldman Sachs Group e o Wells Fargo informam números semelhantes.
"Observamos que, de certa forma, muitas de nossas iniciativas estão dando certo", disse Elizabeth Schoentube, diretora de recrutamento em campi e gerente de programas do Bank of America, em entrevista. "Estamos muito concentrados não apenas no estágio, em simplesmente torná-los analistas, mas também na carreira profissional e em como transformar esses estagiários em nossa futura liderança."
As mulheres já são maioria entre os funcionários nos EUA do banco com sede em Charlotte, Carolina do Norte, e representaram 54 por cento da força de trabalho do banco em 2017. Funcionários de cor representaram 45 por cento, segundo documentos apresentados pela empresa. Tal como acontece em outros grandes bancos, a diversidade de gênero e raça diminui nos escalões mais altos, e no ano passado as mulheres ocuparam menos de um terço dos cargos executivos e seniores, e pessoas não brancas, menos de um quinto.
Amigos e familiares
Essa tendência é observada em Wall Street como um todo. Entre 2012 e 2016, a porcentagem de executivos seniores e gerentes negros diminuiu no JPMorgan Chase & Co., no Citigroup e no Goldman Sachs Group.
Os grandes bancos estão dependendo menos da "rede VIP e de amigos e familiares" para encontrar estagiários e também adotaram um modelo em que a maioria dos contratados por tempo integral vem dos programas de verão, disse Andrea O'Neal, da Management Leadership for Tomorrow, uma organização que trabalha com empresas para aumentar a diversidade. O Bank of America, por exemplo, contratou mais de 70 por cento de seus estagiários em 2017 como funcionários de tempo integral.
Mulheres representaram 38 por cento dos funcionários do Goldman nos EUA em 2017, segundo documentos apresentados pela empresa. Os principais executivos do banco, entre eles o futuro CEO David Solomon, prometeram elevar esse número a 50 por cento no futuro. Até 2021, os líderes buscam uma divisão equitativa entre os gêneros na contratação de recém-formados.
Reunir um grupo diversificado de estagiários é uma coisa, mas a parte complicada vem depois: a retenção. O'Neal, que começou a carreira no departamento de investment banking do Merrill Lynch, diz que se sente encorajada pelos números.
"Dez anos atrás, quando eu estava em Wall Street, eu nem imaginaria que a diversidade pudesse ser discutida na apresentação de resultados", disse ela. "A ideia de que isso está mudando o espírito da época e o debate sobre a composição da população de funcionários é importante."
Repórteres da matéria original: Jordyn Holman em N York, jholman19@bloomberg.net;Ivan Levingston em N York, ilevingston@bloomberg.net;Emma Kinery em N York, ekinery@bloomberg.net
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