Nova York aprova primeiro limite de licenças para Uber nos EUA
(Bloomberg) -- O Conselho da Cidade de Nova York desferiu um golpe político à Uber Technologies e a outras empresas de transporte baseado em aplicativos ao aprovar um limite para o número de licenças novas em um ano para todo o setor e dar autoridade à Comissão de Táxis e Limusines da cidade para fixar padrões de remuneração mínima para os motoristas.
A aprovação de normas abrangentes para o setor sinalizou a mudança de atitude dos políticos sobre a chamada "economia dos bicos" e os serviços eletrônicos de transporte particular como Uber, Lyft e Via Transportation.
O conselho votou contra um limite similar proposto pelo prefeito Bill de Blasio há três anos depois que a Uber organizou uma campanha de anúncios televisivos e mobilizou motoristas e clientes para se opor. Desde então, as licenças para aplicativos aumentaram de 12.600 para mais de 80.000, segundo a Comissão de Táxis e Limusines da cidade.
"Não vamos tirar de circulação nenhum serviço que já seja oferecido aos clientes", disse o presidente do Conselho, Corey Johnson, em entrevista coletiva na prefeitura. "Trata-se de apoiar e animar os motoristas."
O crescimento irrestrito aumentou o congestionamento no centro de Manhattan e a maior concorrência deixou sem dinheiro os motoristas de táxis amarelos, carros pretos para clientes empresariais e limusines de luxo. Centenas de donos de táxis não conseguiram ganhar dinheiro suficiente para pagar a locação dos carros e as licenças para dirigir táxis, e o desespero econômico influiu em pelo menos seis suicídios de motoristas desde novembro. Cerca de 85 por cento dos motoristas de empresas que usam aplicativos ganham menos de US$ 17,22 por hora, segundo um estudo do setor feito pelo Center for New York City Affairs, da New School.
As empresas de transporte particular por aplicativo eletrônico se opuseram ao teto e afirmaram que esse limite diminuiria o número de motoristas disponíveis e os encorajaria a procurar passageiros na região central de Manhattan. A Uber apoiou o padrão de remuneração mínima que obrigará a empresa a compensar a diferença quando a renda dos motoristas for insuficiente e entende isso como uma forma de incentivar a empresa a limitar seu tamanho, em vez de ceder esse papel ao governo, disse Jason Post, porta-voz da companhia. O nível da remuneração mínima ainda não foi definido.
A lei estipula um ano de duração para o teto, no qual os órgãos reguladores municipais estudarão o impacto econômico e ambiental do setor de transporte particular eletrônico, sem restringir as licenças para carros com acessibilidade para cadeiras de rodas. Post disse que a moratória para as licenças novas e o piso de remuneração mínima foram os primeiros impostos à sua empresa nos EUA;
Scott Solombrino, CEO da Dav El, um serviço de limusines com motorista da cidade de Nova York, objetou a inclusão de empresas como a sua no teto porque isso inibiria o crescimento embora essas companhias não contribuam para os problemas de congestionamento e da baixa remuneração de motoristas.
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