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Antiga sede da Força Aérea britânica vira cobertura de US$ 3 mi

Colin Bertram

10/08/2018 14h58

(Bloomberg) -- Parte da história britânica há mais de 600 anos e rodeada de 23 hectares de parques bem cuidados, Bentley Priory já foi a residência real da rainha-viúva Adelaide, consorte do rei Guilherme IV, e sede do comando da Força Aérea Real (RAF, na sigla em inglês) durante a Segunda Guerra Mundial. O edifício foi reformado há 10 anos e a cobertura está à venda pela segunda vez na história, por um preço inicial de 2,4 milhões de libras esterlinas (US$ 3 milhões).

A cobertura de luxo é chamada de Dowding Suite em homenagem a Sir Hugh Dowding, o brigadeiro que comandou as operações da RAF do local durante a Batalha da Inglaterra em 1940. (Para relembrar, o Bentley Priory Museum -- dedicado à batalha -- ocupa o térreo e o subsolo da mansão).

"A sala de operações de Dowding era ali e ele podia ir à cobertura e ver os aviões que voltavam durante as batalhas", disse Douglas Sleaper, corretor da Savills, sobre a propriedade listada no Historic England.

Com entrada pelo primeiro andar do complexo mansão/casa de campo renovado, o apartamento de três quartos e três banheiros, de 212 metros quadrados, ocupa três andares, e a suíte master fica andar superior. Os terraços da cobertura (são três) oferecem vistas deslumbrantes da cidade, incluindo monumentos como London Eye, BT Tower e Shard. A unidade possui quatro vagas de estacionamento -- duas subterrâneas e duas externas -- e concierge 24 horas.

História

A Bentley Priory já viveu muitas vidas. A propriedade data do século 15, quando era o local de um mosteiro, mas não restam estruturas da época. O rei Henrique VIII deu o terreno para Robert Needham e William Sacheverell em 1546 e depois, em 1775, ele foi vendido para James Duberly. Posteriormente, ele foi revendido ao Honorável John Hamilton, o nono Conde de Abercorn, em 1778. Hamilton contratou o célebre arquiteto Sir John Soane para ampliar e reformar a casa, que já era grande. A rainha Vitória e o príncipe Albert se tornaram visitantes frequentes quando a rainha-viúva Adelaide se mudou para lá em 1848.

Quase 40 anos mais tarde, em 1885, Frederick Gordon, famoso fundador do Hotel Metropole, de Londres, transformou a mansão em um hotel -- e construiu uma ferrovia privada para atendê-lo --, mas não durou muito. De 1908 até 1924, o lugar foi usado como escola de meninas e em 1936 o Comando de Caças da RAF tomou conta da propriedade. Após um incêndio devastador em 1979, a rainha Elizabeth decidiu que a mansão fosse restaurada, mas as obras foram feitas com muita pressa e sem seguir exatamente a planta original de Soane.

A incorporadora britânica City & Country realizou a restauração e renovação mais recente, adicionando oito apartamentos e o museu. Posteriormente, foram construídas residências independentes no terreno.