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Protótipo de táxi aéreo decolará em 2019, diz CEO da Boeing

Emily Chang e Thomas Black

04/10/2018 12h27

(Bloomberg) -- A Boeing afirma que a era dos táxis aéreos está chegando.

Um protótipo estará no ar no ano que vem, disse o CEO Dennis Muilenburg. A fabricante de aviões também está trabalhando com órgãos reguladores para desenvolver um sistema de gerenciamento de tráfego para a aeronave em cinco anos.

"Pense em um futuro no qual haverá rodovias tridimensionais para aliviar o congestionamento", disse Muilenburg, em entrevista à Bloomberg TV, na quarta-feira, em Seattle, nos EUA. "Então, estamos trabalhando tanto no ecossistema -- a estrutura regulatória -- quanto nos novos veículos. Tudo isso está acontecendo agora."

A gigante do setor aeroespacial com sede em Chicago está investindo fortemente em uma visão que evoca o mundo futurista de "Os Jetsons", o desenho animado dos anos 1960. A aeronave com rotor e sem piloto futuramente transportará pessoas e cargas por áreas urbanas entupidas, disse Muilenburg. Para acelerar esse objetivo, a empresa comprou no ano passado a pioneira dos drones Aurora Flight Sciences, uma das empresas que brigam para desenvolver um táxi voador com a Uber Technologies.

'Progresso rápido'

A Boeing também está trabalhando com uma startup chamada SparkCognition e com os órgãos reguladores dos EUA no desenvolvimento de um sistema de tráfego aéreo para manter os veículos aéreos seguros e operando com eficiência, disse Muilenburg. Ele não especificou se os protótipos seriam imediatamente sem piloto.

"Acredito que dentro de cinco anos veremos a capacidade operacional inicial sendo implementada", disse. "Veremos um progresso rápido nesse campo nos próximos anos e a Boeing com nossos parceiros na vanguarda."

A Boeing também está trabalhando em uma aeronave hipersônica capaz de transportar passageiros entre duas cidades do mundo em poucas horas. A tecnologia do motor está "à mão", disse. O principal entrave é garantir que haja clientes pagantes suficientes para compensar o investimento.

"Isso é algo que acredito que acontecerá na próxima década", disse, "ou seja, temos um prazo um pouco mais longo".

Repórteres da matéria original: Emily Chang em São Francisco, echang68@bloomberg.net;Thomas Black em Dallas, tblack@bloomberg.net