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Yale aposta em fundo de criptomoeda de US$ 400 milhões: Fonte

Alastair Marsh e Lily Katz

05/10/2018 14h21

(Bloomberg) -- Yale, a universidade da Ivy League que investiu em tudo, dos títulos de Porto Rico à madeira de New Hampshire, está entrando no mercado das criptomoedas.

O segundo maior fundo de doações do ensino superior está entre os investidores que ajudaram um novo fundo dedicado aos ativos digitais a captar US$ 400 milhões, segundo uma pessoa com conhecimento do assunto que pediu para não ser identificada porque a informação é confidencial. O fundo, chamado Paradigm, foi iniciado recentemente pelo cofundador da Coinbase, Fred Ehrsam, pelo ex-sócio da Sequoia Capital, Matt Huang, e por Charles Noyes, um ex-funcionário do fundo de ativos criptografados Pantera Capital.

A Universidade de Yale, cujo fundo de doações de quase US$ 30 bilhões é administrado por David Swensen, é uma das poucas grandes instituições a investir no mercado das criptomoedas, que despencou neste ano após uma alta impressionante em 2017. O tamanho de seu investimento no fundo Paradigm não pôde ser verificado, e a universidade com sede em New Haven, Connecticut, não respondeu imediatamente a uma mensagem em busca de comentários.

Uma onda de capital institucional poderia reverter a queda das criptomoedas, mas novos participantes estão sendo dissuadidos pela manipulação do mercado e pela falta de regulamentação. Noventa e seis por cento dos fundos de doações e fundações que responderam a uma pesquisa da empresa de consultoria NEPC em fevereiro informaram que não investem em moedas digitais.

Quase 60 por cento dos ativos de Yale no ano fiscal de 2019 serão destinados a investimentos alternativos, incluindo capital de risco, hedge funds e aquisições alavancadas, segundo a universidade.

A Paradigm, que também conta com investimento da empresa de capital de risco Sequoia Capital, planeja investir em projetos em estágio inicial dedicados a criptomoedas, novas blockchains e bolsas de valores, disse Noyes à Bloomberg News em junho. A empresa preferiu não fazer comentários para esta reportagem.

Além de investir diretamente em moedas digitais, vários fundos de ativos criptografados também investem em outros fundos e compram participações em empresas de blockchain.

--Com a colaboração de Janet Lorin.

Repórteres da matéria original: Alastair Marsh em Londres, amarsh25@bloomberg.net;Lily Katz em N York, lkatz31@bloomberg.net