Melhores restaurantes de Nova York caminham na mesma direção
(Bloomberg) -- Se você deseja obter uma estrela Michelin em Nova York, a primeira e melhor coisa que você pode fazer é colocar a palavra "sushi" no nome do seu restaurante. Ou, pelo menos, garantir que seu cardápio preste uma homenagem à culinária japonesa.
Quando o Guia Michelin anunciou seus vencedores na cidade de Nova York para 2019, na terça-feira, 17 restaurantes ganharam novas estrelas - e seis deles são japoneses. A culinária francesa se saiu bem: três dos estreantes na lista são franceses, e dois deles eram de Joël Robuchon, o famoso chef que faleceu no início deste ano. Dois são mexicanos, incluindo o novo e empolgante restaurante de Oaxaca, Claro.
No nível mais alto, a cena gastronômica da cidade permanece inalterada - Manhattan continua sendo o lar de cinco lugares de três estrelas: Le Bernardin, Masa, Eleven Madison Park, Chef's Table at Brooklyn Fare e Per Se. Se alguém quisesse visitar todos eles em um único dia, não precisaria caminhar muito: os restaurantes estão concentrados no Midtown, exceto o EMP, que fica em Flatiron District (e, para alguns, a 24th Street é Midtown).
Neste ano, o guia de Nova York inclui 76 restaurantes com estrela, um aumento em relação aos 72 do ano passado (e pouco menos que o total de 77 do guia de 2017). No entanto, um dos lugares já fechou: o Tetsu Basement, que recebeu duas estrelas, deixou de ser um restaurante caro de degustação de carnes e se transformou em, adivinhe, um restaurante de sushi à la carte. A notícia chegou tarde demais para o guia impresso.
Gwendal Poullennec, o novo diretor internacional do Guia Michelin, diz que não há favoritismo em relação ao sushi. "Há uma rica seleção de restaurantes japoneses em Nova York", diz ele. "É o que os clientes estão buscando e está tendo um bom desempenho. Mas nossos critérios continuam sendo os mesmos, independentemente do tipo de culinária."
Poullennec usou o mesmo raciocínio para defender a presença do Babbo na lista (o restaurante é copropriedade de Mario Batali, acusado de assédio sexual) e para explicar a escassez de chefs do gênero feminino. "Usamos a mesma metodologia em todo o mundo. Não temos critérios nem considerações além da qualidade da comida." Dos 76 restaurantes com estrela, apenas dois têm mulheres à frente da cozinha: Melissa Rodríguez, no Del Posto, e Emma Bengtsson, no Aquavit.
Embora a cena dos restaurantes de três estrelas de Nova York não tenha mudado, há boas e más notícias na categoria de duas estrelas. Quatro restaurantes foram adicionados à lista, incluindo três novos lugares: Icimura at Uch?, L'Atelier de Joël Robuchon e Tetsu Basement.
A lista de restaurantes de uma estrela também ficou mais dinâmica com adições como Atomix, que tem um lindo cardápio coreano omakase. O Brooklyn manteve nove lugares, com duas das adições mais interessantes deste ano, Claro e Oxomoco, uma sala de jantar em Williamsburg especializada na culinária mexicana preparada a lenha. E Le Coucou finalmente entrou na lista. "Estamos de olho nele desde que foi inaugurado e acompanhamos o aprimoramento constante da qualidade dos pratos, que encantam com elegância", diz Poullennec.
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