Resultado da BRF decepciona com alta da dívida; ações caem
(Bloomberg) -- A BRF divulgou resultados do terceiro trimestre que ficaram abaixo das estimativas dos analistas em meio a uma série de reveses, incluindo a proibição europeia de seus produtos e a alavancagem subindo para um novo recorde. Pedro Parente disse que os números começaram a refletir a estratégia da empresa anunciada em junho.
- Alavancagem subiu para 6,74 vezes o Ebitda ajustado, principalmente devido a movimentações do dólar; A BRF diz que isso não quebra nenhuma cláusula e que, apesar desse salto, está se mantendo firme na meta de 4,35 vezes até o final do ano
- Planos para vender as unidades na Europa, Tailândia e Argentina, que pretendem ajudar na redução da alavancagem, estão seguindo o cronograma proposto - o que significa que estão na fase de receber ofertas não vinculativas nesta fase
- O Ebitda ajustado caiu cerca de 36% em relação ao ano anterior, para R$ 604 milhões, refletindo também os maiores custos com ração animal
- Receita foi de R$ 8,77 bilhões, abaixo da estimativa média de R$ 9,15 bilhões
Principais destaques
- BRF continua lutando com os efeitos de um escândalo de segurança alimentar que levou a Europa a proibir suas plantas e tarifas antidumping pela China
- A empresa, que também sofreu com disputa de acionistas no início deste ano, pode enfrentar um novo vento contrário em seus mercados do Oriente Médio se o presidente eleito Jair Bolsonaro avançar com o plano inicial de mudar a embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém
- A produtora de alimentos queimou R$ 318 milhões em dinheiro no trimestre, e a dívida líquida subiu para R$ 16,3 bilhões
- Ainda assim, a receita cresceu 8,7% em relação ao trimestre anterior, ajudada pela capacidade da BRF de aumentar preços e volumes no Brasil e nos mercados Halal
Reação do mercado
- Ações da BRF chegaram a cair 4,45% na B3
--Com a colaboração de Vinícius Andrade.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.