Chevron ficará na Venezuela por `muitos anos' apesar da crise
(Bloomberg) -- A Chevron pretende manter o curso na Venezuela apesar do deterioramento da economia e da crescente crise humanitária no país latino-americano, disse o principal executivo da petroleira para a região.
"Estamos comprometidos com a Venezuela e planejamos continuar lá por muitos anos", disse Clay Neff, presidente da Chevron para a África e a América Latina, em entrevista, na quinta-feira. Qualquer sugestão de que a empresa esteja considerando ir embora "é imprecisa".
O Wall Street Journal havia noticiado que a piora da crise econômica na Venezuela estava levando executivos a considerar a possibilidade de deixar o país, como fizeram as rivais Exxon Mobil e ConocoPhillips. A Chevron é uma das maiores investidoras estrangeiras na Venezuela, com participações em vários projetos, por exemplo na Petropiar, uma instalação que converte petróleo bruto extrapesado semelhante ao alcatrão em óleos mais leves para refinarias. A empresa tem parceria com a estatal Petróleos de Venezuela SA, ou PDVSA.
"Estamos no país há quase 100 anos, sabemos como operar, somos uma operadora muito experiente e estamos comprometidos com nossa parceira PDVSA", disse Neff.
Mesmo assim, a empresa alertou para o "deterioramento" das condições econômicas do país em comunicado regulatório dos EUA, na quinta-feira. "Ocorrências futuras podem resultar em um ambiente mais desafiador na Venezuela, o que pode gerar mais distúrbios nos negócios e volatilidade nos resultados financeiros associados."
Os comentários foram feitos no mesmo dia em que a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que 3 milhões de venezuelanos já fugiram do país para escapar da escassez endêmica de alimentos, da inflação e da violência. No início do ano, dois funcionários da Chevron foram presos em meio à repressão do governo por suposta corrupção. Eles foram liberados após cerca de sete semanas.
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