Rolls-Royce planeja um futuro feito sob medida, segundo CEO
(Bloomberg) -- Mais de 90 por cento de todos os veículos vendidos pela Rolls-Royce são tão personalizados que são praticamente únicos.
Com o station wagon Phantom, esse número chega a 99 por cento. E com o SUV Cullinan, ele alcança níveis absolutos: 100 por cento dos SUVs Cullinan vendidos foram personalizados.
Isso é o que diz Torsten Müller-Ötvös, CEO da Rolls-Royce Motor Cars. Ele se pronunciou na quarta-feira, quando a fabricante de veículos com sede em Goodwood, na Inglaterra, divulgou dados de 2018 que registram um recorde mundial de vendas.
Os números são notáveis porque mostram um grande aumento da popularidade e do valor de personalizar carros que já são extremamente caros (o preço médio de um Rolls-Royce vendido nos EUA, seu maior mercado, é de US$ 400.000 incluindo opcionais). Em 2016, quando 80 por cento dos veículos Rolls-Royce no mundo todo foram altamente personalizados, as adições feitas sob medida aumentaram em 20 por cento o preço de compra. Em 2018, o preço agregado foi de quase 40 por cento.
Para estar à altura da demanda - e adequar a folha de pagamento ao que lhe dá dinheiro -, a Rolls-Royce contratou 100 funcionários dedicados ao departamento de personalização. Isso representa um aumento de quase 6 por cento na força de trabalho total, para 1.900 funcionários, e põe em evidência em que a empresa pretende se concentrar em 2019 e no futuro. Em vez de desenvolver tecnologia híbrida ou elétrica para atrair vendas, como as outras fabricantes estão fazendo (híbridos jamais, talvez elétricos em 10 anos, disse Müller-Ötvös em outubro), a Rolls-Royce está aumentando a aposta no que vem funcionando no presente.
"É necessário", diz Müller-Ötvös. "Os clientes estão cada vez mais intrigados com todas as possibilidades que podemos oferecer - eles querem colocar suas próprias características pessoais no produto. Isso é muito importante para nós, que vendermos objetos extraordinários desse calibre."
A Rolls-Royce aumentou as opções para carros sob medida, como o Phantom (cujo preço-base é de US$ 450.000), que pode incluir no painel um espaço que funciona como uma galeria. Cada um desses espaços é personalizado para exibir coleções individuais de objetos de arte, como relógios mecânicos caros, selos raros ou ovos Fabergé. Você sabe, o de sempre.
Embora o Dawn tenha sido o modelo mais vendido pela marca no ano passado nos EUA, o V12 Cullinan deve superá-lo em 2019, diz Müller-Ötvös, respondendo sozinho por mais de 20 por cento das vendas.
"O Cullinan vai entrar no jogo de verdade em 2019", diz ele. "Já temos um banco de pedidos muito forte", e a maioria das entregas começa no terceiro trimestre.
O Cullinan está conquistando compradores que poderiam se sentir tentados a comprar o Bentayga (US$ 200.000), da Bentley, ou o Urus (US$ 200.000), da Lamborghini. Mais da metade das pessoas que encomendaram um Cullinan nunca tiveram um automóvel da marca antes. (A posição oficial da Rolls-Royce é que ela está sozinha neste segmento extremamente exclusivo: "A Bentley não é uma concorrente", diz Müller-Ötvös.)
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