Uniqlo prospera na China enquanto crise abala outros varejistas
(Bloomberg) -- A desaceleração econômica da China está prejudicando diversas empresas, das fabricantes de artigos de luxo à Apple, mas a Fast Retailing até agora tem se saído muito bem.
A maior varejista da Ásia informou que o lucro operacional da Uniqlo em seus negócios na China continental cresceu a uma proporção de dois dígitos no período de três meses encerrado em 30 de novembro, um sinal animador de que a companhia está resistindo à desaceleração da economia. No geral, a empresa informou que o lucro operacional caiu no primeiro trimestre, quando o clima quente prejudicou as vendas no Japão.
As ações da varejista japonesa chegaram a subir 7,2 por cento no início das negociações em Tóquio nesta sexta-feira, o maior avanço intradiário desde julho.
"O modelo de negócios e a filosofia da Uniqlo foram testados exaustivamente nos 20 anos de recessão no Japão, e pode-se dizer com segurança que a empresa é quase à prova de recessão, porque prospera em um ambiente deflacionário", escreveu Amir Anvarzadeh, analista da Asymmetric Advisors, em nota aos investidores.
A China é o maior mercado estrangeiro da Fast Retailing e um dos principais pilares de sua estratégia para compensar a fraqueza no Japão com o crescimento no exterior. Temperaturas excessivamente altas fizeram com que as vendas de roupas para o clima frio ficassem abaixo das expectativas na China, mas a Fast Retailing informou que produtos premium, como suéteres de lã de cordeiro e de tecidos felpudos e macios, ajudaram a gerar receita.
A Uniqlo continua tendo apelo para os consumidores cada vez mais ricos da China que desejam produtos premium. Os consumidores chineses vêem a Uniqlo como uma marca de qualidade e, embora os preços sejam relativamente altos, a roupa funcional não é tão vulnerável a uma desaceleração econômica quanto, por exemplo, uma bolsa de luxo.
Repórteres da matéria original: Lisa Du em Nova York, ldu31@bloomberg.net;Ayaka Maki em Tóquio, amaki8@bloomberg.net
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