Acordo de gigante do lítio é passo para hub de bateria no Chile
(Bloomberg) -- O país que detém as maiores reservas de lítio do mundo afirma que está um passo mais perto de se tornar um polo de produção das baterias recarregáveis usadas em veículos elétricos.
O Chile tem esperanças de que fabricantes de baterias como Samsung SDI e POSCO comecem a instalar unidades de processamento de lítio no país até o fim do ano, segundo Sebastián Sichel, vice-presidente-executivo da Corfo, a agência de desenvolvimento do governo. A agência recentemente fechou um acordo com a Albemarle, uma das maiores produtoras de lítio, que oferecerá às fabricantes de baterias o acesso a um lítio mais barato.
"Queremos que as fabricantes se aproximem cada vez mais da produção de uma bateria completa no Chile -- esse é o nosso sonho", disse Sichel, em entrevista em Santiago. "Não sabemos se algum dia fabricaremos veículos, mas gostaríamos de ver pelo menos peças de bateria produzidas no Chile, talvez até a bateria completa."
O Chile é o segundo maior produtor mundial de lítio, o mineral essencial para as baterias recarregáveis usadas em carros elétricos. Até o momento, o país conseguiu exportar apenas o mineral bruto para países como China e Coreia do Sul, onde a maioria das baterias é produzida. Mas nos últimos dois anos o governo vem tentando incentivar as fabricantes a refinar e processar o lítio no Chile. O esforço pode gerar frutos em breve, disse Sichel.
A Corfo assinou contratos com as duas mineradoras que operam no Salar de Atacama, o que as obriga a vender 25 por cento da produção a um preço preferencial para as empresas que transformam lítio no Chile. Ao concordar com essa condição, a Albemarle e a Sociedad Química y Minera de Chile, conhecida como SQM, receberam as cotas de produção maiores de que necessitavam para atender à crescente demanda global por lítio.
A agência pedirá propostas de empresas interessadas em comprar 25 por cento de participação na SQM no fim de março e espera anunciar os vencedores até o fim do ano, disse Sichel. O processo repetirá o que a Corfo fez em 2017 e 2018, quando lançou um leilão destinado a fabricantes de baterias para comprar lítio da Albemarle a um preço preferencial.
Apesar de os vencedores do primeiro leilão terem sido anunciados há quase um ano, uma divergência entre a Corfo e a Albemarle sobre os termos do contrato interrompeu o processo. Agora que os dois lados concordaram com uma fórmula para calcular o preço preferencial, a empresa precisará negociar os termos exatos da venda de lítio com cada empresa, disse Sichel, acrescentando que a construção das unidades de refino de lítio deverá levar cerca de um ano.
Vencedores do leilão, a chilena Molymet, um consórcio entre Samsung SDI e POSCO e a chinesa Sichuan Fulin Industrial Group prometeram investir mais de US$ 750 milhões nas instalações. Elas transformarão os sais de lítio, conhecidos como carbonato de lítio e hidróxido de lítio, em cátodos de lítio, uma forma mais pura do mineral branco.
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