Por Brexit, revista britânica transfere impressão para Alemanha
(Bloomberg) -- A revista Monocle, que aborda assuntos globais e estilo de vida, vai transferir a impressão para a Alemanha a fim de evitar as interrupções que seriam provocadas por um possível Brexit sem acordo.
A Monocle produz 155.000 exemplares de sua publicação mensal em Cornwall, no sudoeste da Inglaterra, e exporta cerca de 80 por cento deles. Tyler Brûlé, editor-chefe e presidente do conselho da Monocle, disse que optou pela troca porque está preocupado sobre como as empresas de logística vão lidar com as exportações depois do Brexit.
"Não existe um plano concreto neste país", disse Brûlé em entrevista por telefone. "As pessoas estão esperando para ver o que acontece, achando que as coisas talvez deem certo, mas não podemos nos dar a esse luxo. Queríamos ter a certeza de contar com um plano."
A Monocle, que pertence majoritariamente ao grupo suíço Winkorp e conta com a Nikkei como investidor, é apenas o exemplo mais recente de uma operação de mídia do Reino Unido que busca mitigar as consequências de uma saída abrupta do maior bloco comercial do mundo.
Os jornais do Reino Unido têm estocado papel, tinta e outros suprimentos para o caso de o país sair em março sem um acordo. A Discovery, emissora do Eurosport e do Animal Planet, solicitou licenças na Holanda para impedir que seus canais saiam do ar caso isso aconteça.
O negócio da Monocle, que também inclui cafeterias em Londres, Zurique e Tóquio, uma estação de rádio 24 horas e uma divisão de varejo que vende roupas e guias de viagem de luxo, emprega pessoas de diversas nacionalidades em seu escritório de 60 funcionários na capital do Reino Unido.
Brûlé, um canadense que conta com italianos, suecos e malaios em sua equipe editorial voltada a um público global, disse que a Monocle deve abrir um novo escritório na Alemanha em breve e que a votação do Brexit prejudicou sua capacidade de atrair funcionários talentosos.
"Somos uma representação da imprensa internacional em Londres", disse Brûlé. "Muita gente continua vindo, mas não é como costumava ser."
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