Gigantes da nuvem crescem apesar do receio de desaceleração
(Bloomberg) -- As empresas de computação na nuvem têm um recado para os investidores nervosos: a demanda continua no auge.
Os resultados das maiores prestadoras de serviços de computação pela internet - Amazon, Microsoft e Google, da Alphabet - mostraram que essas empresas estão ficando com uma fatia maior dos gastos corporativos com tecnologia, contrariando as advertências feitas por alguns de seus fornecedores de que um ponto quente do setor poderia estar esfriando.
As gigantes da nuvem começaram o ano com dúvidas sobre sua capacidade de manter as fortes taxas de crescimento em um ambiente de incerteza em relação ao crescimento econômico e aos investimentos globais. Além disso, no mês passado, no começo da temporada de balanços do quarto trimestre, os investidores receberam notícias preocupantes das empresas que vendem os equipamentos de rede e os chips informáticos que vão para os centros de dados que sustentam a nuvem. A Intel, a Micron Technology e a Juniper Networks foram algumas das empresas que culparam a desaceleração dos gastos dos clientes de centros de dados pelos resultados medíocres.
Agora, os investidores têm alguns motivos para se sentirem aliviados. Na segunda-feira, o Google informou que seu segmento "outras receitas", categoria que inclui a Google Cloud Platform, registrou vendas de US$ 6,49 bilhões no quarto trimestre, uma alta de 31 por cento em relação ao ano anterior. O dispêndio de capital no Google subiu 80 por cento, para US$ 6,8 bilhões. Embora as ações tenham caído em operações posteriores ao pregão por causa do receio com o impacto dos investimentos na rentabilidade, grande parte da alta do gasto está ligada a novos centros de dados e ao hardware relacionado - sinal de que a demanda por serviços na nuvem se mantém.
Na semana passada, a Amazon informou que sua divisão de serviços web, líder no fornecimento de infraestrutura informática alugada de seus centros de dados, registrou um crescimento de 45 por cento da receita no quarto trimestre, conservando o ritmo do período anterior. O mesmo aconteceu com os ganhos da Azure, grupo da nuvem da Microsoft, cujas vendas subiram 76 por cento. A diretora de finanças, Amy Hood, disse que a fabricante de software não via nenhum sinal de desaceleração na demanda por programas e serviços de internet. A Alibaba Group Holding registrou um crescimento de 84 por cento em sua unidade da nuvem.
"A transição para a nuvem continua, e todas as fornecedoras de nuvem estão crescendo", disse Kim Forrest, gerente sênior de carteira da Fort Pitt Capital Group. "Ninguém está perdendo, é só que alguns são mais rápidos que outros."
Projeções
A empresa de pesquisa de mercado Canalys estimou que o gasto em infraestrutura de nuvem aumentou 46 por cento no trimestre encerrado em dezembro, para quase US$ 23 bilhões, e assim os investimentos em 2018 superaram US$ 80 bilhões. E a Synergy Research Group, que monitora de perto o gasto em tecnologia da informação, elevou no mês passado suas projeções de longo prazo para a demanda por computação na nuvem. O crescimento das unidades de nuvem das empresas tem desacelerado à medida que seus negócios amadurecem, mas continuam contrariando as expectativas de um forte recuo.
"Já tínhamos feito projeções de crescimento bem agressivas", disse John Dinsdale, analista-chefe da Synergy Research. "As métricas de crescimento reais superam o que normalmente projetaríamos para um mercado de grande porte com muito crescimento."
--Com a colaboração de Ian King e Brandon Kochkodin.
Repórteres da matéria original: Matt Day em Seattle, mday63@bloomberg.net;Jeran Wittenstein em São Francisco, jwittenstei1@bloomberg.net
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.