Guiana pode em breve extrair mais petróleo que Venezuela
(Bloomberg) -- A Guiana, um país que atualmente não produz petróleo bruto, pode extrair mais do que a Venezuela, membro da Opep, em cinco anos.
Enquanto as sanções impostas pelos EUA à Venezuela ameaçam acelerar uma queda já acentuada na produção, a vizinha Guiana deve chegar a produzir 750.000 barris por dia até 2025, segundo estimativa da Exxon Mobil. A companhia fez uma parceria com a Hess e a chinesa CNOOC para desenvolver uma das maiores descobertas do mundo de petróleo em águas profundas ao largo da costa do país.
A possível fonte de petróleo surge em um momento de queda da produção da Venezuela, que enfrenta uma crise econômica e sanções impostas pelos EUA contra o setor petrolífero do país. A produção venezuelana caiu quase 50 por cento nos últimos três anos, segundo dados compilados pela Bloomberg. Se as sanções obrigarem as empresas petrolíferas dos EUA a reduzir seus negócios no país latino-americano, a produção poderia despencar para 600.000 barris por dia, segundo a Rapidan Energy Group.
Até mesmo no caso de uma resolução rápida da situação política, a produção provavelmente cairá para 890.000 barris por dia em 2019 devido à "imensa deterioração do setor, que carece de perícia e rumo", disse Mara Roberts Duque, analista da BMI Research em Nova York. Ainda assim, a Venezuela tem muito mais capacidade de produção do que a Guiana. Se o país se estabilizar e consertar seu setor de petróleo, é improvável que a Guiana o supere, disse ela.
Enquanto isso, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ameaçou impedir o desenvolvimento do projeto de petróleo, prometendo impedir que a Exxon explore águas da Guiana. A Exxon está em conversações com o governo da Guiana sobre o assunto, disse o CEO da empresa, Darren Woods, em uma teleconferência de resultados na sexta-feira.
--Com a colaboração de Lucia Kassai e Kevin Crowley.
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