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Cinco assuntos quentes para o Brasil na semana

Josue Leonel

01/04/2019 07h03

(Bloomberg) -- PMI manufaturas na China supera previsão e anima mercados na abertura de semana movimentada. Agenda de dados é forte, com payroll nos EUA e produção industrial no Brasil, enquanto no exterior mercado ainda monitora negociações EUA x China e impacto da eleição na Turquia. Encontro entre Bolsonaro e Maia, após presidente retornar de viagem a Israel, será oportunidade para selar a trégua conduzida pelo presidente da Câmara e por Paulo Guedes, segundo os jornais. Clima mais pacífico também passará por teste com presença do ministro na CCJ, que destravou a reforma da Previdência ao nomear seu relator. Veja os principais temas:

China e payroll

Na China, onde a bolsa de Xangai teve forte alta na sexta, PMI manufaturas no sábado superou estimativas e saiu da zona de contração, animando os mercados. Ainda sai PMI Caixin chinês de serviços na semana. EUA têm agenda pesada de dados com potencial de afetar as expectativas sobre os juros do Fed e o ritmo do crescimento da economia americana na semana. Payroll na sexta-feira tem expectativa de crescimento de 178.000 vagas em março, após número decepcionante de apenas 20.000 em fevereiro. Varejo e ADP são outros indicadores previstos.

Guerra comercial e Turquia

Vice-premiê Liu He lidera uma delegação de negociadores comerciais que irá para Washington na quarta-feira, dias depois de o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e representante comercial, Robert Lighthizer, viajarem para Pequim. Na sexta, notícia sobre progresso nas negociações foi bem recebida nos mercados. Lira turca mantém tendência de queda nesta segunda após eleição municipal em que o presidente Erdogan perdeu em cidades importantes.

Bolsonaro e Maia

Bolsonaro disse na quinta que vai "filar uma boia" na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, quando voltar de Israel, para onde viajou no fim de semana. Após troca de farpas entre as duas autoridades estressar o mercado, o clima ganhou alívio desde quinta-feira e o mercado espera que o esperado encontro sele uma trégua que permita o avanço da reforma.

Guedes na CCJ

Ministro da Economia disse que comparecerá à CCJ nesta semana "mais tranquilo", após ter cancelado a participação numa audiência na comissão na terça-feira alegando como um dos motivos a falta de um relator para a reforma, relata o Globo. Mesmo com a escolha do relator destravando o debate sobre a PEC, Guedes ainda poderá encontrar um clima adverso na Câmara, segundo a coluna de Mônica Bergamo, da Folha. O ministro é apontando pelos jornais como um dos principais líderes da trégua e da articulação da reforma junto com Maia.

Pulso da atividade

Dados de produção industrial de fevereiro são destaque na semana no Brasil e trarão mais informações sobre a atividade neste início de ano, que tem emitido sinais inconclusivos. Estimativa mediana em pesquisa Bloomberg aponta alta de 1% m/m após -0,8% em janeiro. Taxa nacional de desemprego na sexta mostrou aumento para 12,4% em fevereiro, apesar do Caged surpreendente de +173.139 do mesmo mês. Semana ainda terá dados da balança e Anfavea.