Perda de produção da Rio Tinto impulsiona preço de minério
(Bloomberg) -- Os preços do minério de ferro continuam em alta. A Rio Tinto advertiu que pode perder 14 milhões de toneladas de produção este ano, após um ciclone e um incêndio, o que representa um novo golpe para a oferta que ainda se recupera da crise que atingiu a Vale.
Os futuros do minério subiram 2,4% em Cingapura, depois de alcançarem o maior ganho trimestral desde 2016. Na Austrália, os mineradores subiram, com a Fortescue Metals Group atingindo o patamar mais alto em mais de uma década. Em Londres, a BHP subiu pelo sexto dia.
O mercado mundial de minério de ferro está agitado desde janeiro depois do colapso da barragem em Brumadinho, fezendo com que a Vale interrompesse algumas de suas operações, o que deu suporte às previsões de escassez no mercado global. As interrupções da Rio significam que a oferta anual da empresa em 2019 pode ter pouca alteração em relação a 2018, exacerbando o aperto da oferta mundial. Mesmo antes da notícia sobre a produção da Rio Tinto, o Citigroup previa um aumento nos preços do minério de ferro de volta aos US$ 100 a tonelada.
A Rio, segunda maior mineradora do mundo, espera que as remessas no ano fiquem no piso da faixa previamente anunciada de 338 milhões a 350 milhões de toneladas após o ciclone e um incêndio, disse a empresa na segunda-feira. Juntamente com a Vale, as duas empresas são as maiores mineradoras do mundo.
O Goldman Sachs, que anteriormente aconselhou os investidores a apostar em ganhos em março, elevou suas previsões de preços de três, seis e 12 meses para US$ 85, US$ 80 e US$ 70, todas com acréscimo de US$ 5, de acordo com relatório de domingo. Mesmo assim, as usinas da China não estão muito preocupadas. "Eles acham que os movimentos de preços foram impulsionados pela especulação no mercado de papel", disse o banco.
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