Igualdade salarial de gêneros ainda tem longo caminho à frente
(Bloomberg) -- As mulheres nos EUA ganham em média 81% do que os homens ganham, um fato comemorado na terça-feira pelo que veio a se chamar de "Dia pela Igualdade Salarial", o dia em que uma mulher tem de trabalhar para ganhar tanto quanto um homem ganhou no ano anterior.
E embora muita coisa tenha mudado nos 23 anos desde que o Comitê Nacional pela Igualdade Salarial mencionou a data pela primeira vez, uma coisa importante ainda não mudou: a disparidade salarial entre gêneros mal se alterou.
Em 1996, ano em que o Comitê Nacional pela Igualdade Salarial instituiu o "Dia Nacional da Conscientização da Desigualdade Salarial", as mulheres nos EUA ganhavam 75% do que os homens ganhavam. A taxa subiu para 80% em 2004 e tem se mantido basicamente estável desde então, de acordo com a Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos EUA.
"Inicialmente, a data foi planejada para ser um dia de educação pública", disse Michele Leber, agora com 80 anos e presidente da Comissão Nacional para a Promoção da Igualdade. "A data foi bem-sucedida, além do imaginado até então, visto que muitos outros países também têm seus próprios dias pela igualdade salarial".
O nome foi alterado para Dia pela Igualdade Salarial em 1998 para torná-lo mais fácil de ser pronunciado, disse ela. Também foi trazido para o início de abril para corrigir um erro de matemática. O grupo escolheu terça-feira, para significar o longo tempo, até a próxima semana, em que uma mulher tem de trabalhar para igualar o seu salário ao de um homem na semana anterior. O grupo também tenta evitar feriados e dias em que o Congresso está em recesso.
Apesar do lento ritmo de progresso, Leber diz que está esperançosa. Califórnia e Massachusetts agora aprovaram leis que proíbem questões sobre o histórico salarial no processo de contratação, em um esforço para igualar o processo. Os democratas aprovaram a Lei de Igualdade Salarial no mês passado, e iniciativas locais e regionais também podem ajudar a promover mudanças, disse ela.
"Neste século, houve muito pouco progresso", diz Leber, relatando 40 anos de trabalho sobre igualdade salarial entre gêneros. Ela diz que três de seus seis netos são meninas, com idades que variam entre 9 e 17 anos. "Tenho esperança para os meus netos".
--Com a colaboração de Alex Tanzi.
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