Ryanair entra na lista dos 10 maiores poluidores da Europa
(Bloomberg) -- A Ryanair foi uma das 10 empresas que mais poluíram na Europa no ano passado, o primeiro caso de uma companhia que não opera usinas termelétricas a carvão.
A conclusão faz parte da análise de dados de emissões de carbono da União Europeia conduzida pela Transport & Environment, grupo de pesquisa com sede em Bruxelas. O grupo revelou que as emissões de dióxido de carbono da Ryanair aumentaram 6,9% em 2018.
Os resultados destacam o crescente peso da indústria de aviação na emissão de gases de efeito estufa, considerados nocivos para a atmosfera. A poluição de companhias aéreas aumentou quase 70% desde 2005, e a previsão é de que continue crescendo à medida que os voos fiquem mais baratos. Com isso, o setor estaria a caminho de se tornar o maior poluidor dentro de três décadas.
Outros setores têm conseguido reduzir a produção de substâncias nocivas. No ano passado, o Sistema de Comércio de Emissões da UE registrou queda de 3,8% nos gases de efeito estufa. Países como Alemanha e Reino Unido estão fechando usinas de carvão para reduzir as emissões.
A Ryanair ficou em nono lugar no ranking dos principais poluidores da Europa. O restante da lista inclui usinas que geram eletricidade a partir do carvão, o combustível fóssil mais poluidor.
Em comunicado, a Ryanair disse que "é a companhia aérea mais 'verde' e limpa da Europa" e que "os passageiros que viajam com a Ryanair têm as menores emissões de CO2 por quilômetro percorrido do que qualquer outra companhia aérea".
A Organização da Aviação Civil Internacional decidiu recentemente tratar a questão das emissões do setor adotando diretrizes de controle próprias. Entre elas estão o plantio de árvores ou investimento em tecnologias mais limpas para compensar qualquer aumento das emissões de dióxido de carbono. Críticos dizem que medidas de compensação já foram testadas e não funcionam, em parte porque são de difícil controle.
As emissões da UE no mercado de carbono da região voltaram a cair no ano passado, depois de leve alta em 2017, segundo dados preliminares.
--Com a colaboração de Lucca de Paoli.
Repórteres da matéria original: William Wilkes em Frankfurt, wwilkes1@bloomberg.net;Mathew Carr em London, m.carr@bloomberg.net
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