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Após 802.000 demissões, grandes bancos voltam a abrir vagas

Yalman Onaran

03/04/2019 11h31

(Bloomberg) -- Centenas de milhares de empregos sumiram de Wall Street desde a crise financeira de 2008 e alguns dos maiores bancos ainda não pararam de fechar vagas. No entanto, alguns conseguiram reverter a tendência e estão aumentando lentamente o quadro de pessoal.

As 16 maiores instituições financeiras eliminaram 802.000 postos de trabalho nos EUA e Europa após o colapso dos mercados. Mas em nove delas, 76.000 empregos foram gerados, segundo dados compilados pela Bloomberg. JPMorgan Chase e BNP Paribas reverteram praticamente todas as demissões do pós-crise.

Já Citigroup e Royal Bank of Scotland Group, que fizeram os piores cortes de pessoal depois da crise, continuaram eliminando vagas em 2018. O Deutsche Bank, que começou a demitir bem depois dos outros, avisou que grandes cortes ainda estão a caminho.

Algumas dessas vagas foram transferidas para instituições menores, quando os grandes bancos venderam subsidiárias por causa da crise. Automação e novas tecnologias estão tomando o lugar dos trabalhadores. E o fato de as instituições assumirem menos riscos diminuiu a demanda por profissionais em determinadas áreas, como finanças estruturadas.

O número de profissionais de banco de investimento e negociação de ativos atuando na linha de frente das instituições diminuiu pelo quinto ano consecutivo em 2018, segundo dados da Coalition Development. Ao mesmo tempo, aumentaram as vagas na área de compliance, devido a novos regulamentos e monitoramento mais rigoroso dos controles financeiros.

Diante dessas forças opostas, os quadros de pessoal se mantiveram consistentes no Goldman Sachs Group e no Credit Suisse Group. Mesmo operando sob censura regulatória nos últimos dois anos, o Wells Fargo fez os menores cortes: a redução na força de trabalho foi de menos de 5 por cento em relação ao pico atingido em 2010.