Escola na Califórnia se gaba por priorizar cérebro, não suborno
(Bloomberg) -- Seus professores e ex-alunos ganharam 39 prêmios Nobel. Os graduados incluem o ex-CEO da Compaq, Ben Rosen, e o co-fundador da Intel, Gordon Moore. Será Stanford, Harvard ou MIT? Não, é o Instituto de Tecnologia da Califórnia, Caltech, uma escola com menos de 1.000 alunos de graduação em Pasadena, Califórnia.
Pouco antes de as melhores faculdades notificarem os candidatos de suas decisões na semana passada, promotores federais alegaram que dezenas de pais subornaram os inspetores dos testes padronizados, como um meio ilícito, para seus filhos entrarem nas melhores universidades, incluindo Yale, Stanford e a Universidade do Sul da Califórnia. O escândalo também reforçou a investigação sobre favoritismo nas admissões de filhos de doadores e ex-alunos, e atletas que praticam esportes exclusivos, como remo, esgrima e squash. O Caltech, com 128 anos, é a exceção que confirma a regra.
"Os critérios de seleção do Caltech baseiam-se nos mais altos padrões de excelência acadêmica", disse a porta-voz Deborah Williams-Hedges em um e-mail. O aluno típico tem uma pontuação de matemática de 790 a 800, que representa um resultado perfeito. A escola também seleciona alunos que demonstram paixão pela ciência.
"O melhor aluno ou aluna no campus daqui não é o jogador de futebol ou o jogador de basquete", disse K. Mani Chandy, professor emérito de ciências da computação. O Caltech não dá preferência às inscrições de ex-alunos. Isso é uma raridade entre as faculdades de elite. Seu primo próximo, o MIT, tem a mesma política. Williams-Hedges disse que os alunos são "atletas verdadeiramente amadores e eruditos" e "estamos muito orgulhosos de nosso programa de atletismo".
O campus do Caltech é uma mistura de estilos arquitetônicos e em uma tarde recente, os universitários carregavam mochilas cheias de eletrônicos e livros de ciências por todo o lado. Perto de mesas de piquenique, um quadro branco mostrava coeficientes complexos, não muito longe de uma escultura representando a proporção áurea da matemática. Os alunos do Caltech são conhecidos por suas peculiaridades.
"A política do Caltech garante que estudantes brancos e asiáticos mais favorecidos sejam admitidos", disse Robert Schaeffer, diretor de educação do National Center for Fair & Open Testing, um dos principais críticos do uso de testes padronizados em educação. O Caltech afirma que escolhe candidatos sem levar em conta a raça ou a capacidade de pagar. O instituto disse que a escola atende membros qualificados de grupos minoritários, incluindo candidatos promissores e se alinha a organizações sem fins lucrativos que incentivam a diversidade no campus.
"Quando penso em um típico estudante universitário, associo mais a coisas como grêmios, repúblicas de estudantes, jogos, grandes festas e muita bebida depois que você sai da casa de seus pais", disse Richard Dargan, 20 anos, aluno do segundo ano de ciências da computação do Caltech. "Eu não acho que alguém aqui realmente combine com essa bagunça, porque todos aqui são realmente muito esforçados e apaixonados pelo que fazem".
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