Mulheres ainda ganham menos em tecnologia no Reino Unido
(Bloomberg) -- Um ano depois da adoção da regra exigindo que as empresas do Reino Unido informem a diferença entre os salários pagos a homens e mulheres, o setor de tecnologia fez algumas mudanças, mas nem todas na direção certa.
Com base na compensação mediana, a Facebook hoje paga menos às funcionárias, mas contratou mais mulheres para cargos elevados. A Amazon.com, que ainda tem praticamente o mesmo número de homens e mulheres nas posições mais importantes, melhorou a diferença no salário médio. Uber Technologies e WeWork revelaram diferenças ainda substanciais no quanto pagam a homens e mulheres.
Em abril de 2018, empresas com mais de 250 empregados no Reino Unido foram obrigadas a publicar dados como diferença média e mediana no salário médio por hora, bônus e o percentual de cada quartil de compensação que vai para mulheres.
A Uber revelou que paga 8,9 por cento menos às mulheres e elas ocupam 32,9 por cento dos cargos mais altos da empresa.
Na divisão britânica da rede de escritórios compartilhados WeWork, as mulheres ganham 23,4 por cento menos e ocupam 39,4 por cento dos cargos mais importantes. A Badoo, que desenvolve aplicativos de relacionamentos, paga 33 por cento menos às suas funcionárias, que estão em 14 por cento das posições mais sêniores na empresa.
"Qualquer diferença salarial é grande demais e sabemos que precisamos melhorar", afirmou uma porta-voz da Uber. "Na Uber, temos o compromisso de aumentar o número de mulheres em posições de liderança."
Eleni Zneimer, executiva da WeWork, disse que estava "ansiosa para nós implementarmos mais programas e iniciativas para apoiar mulheres em nossa companhia".
Uma porta-voz da Badoo não quis comentar. Representantes de Facebook e Amazon não retornaram solicitações de comentário da reportagem imediatamente.
Estes foram os dados referentes a 2018 apresentados por grandes empresas de tecnologia:
Facebook paga 1,8 por cento menos às mulheres (a diferença era menor, 0,9 por cento, um ano antes) e elas ocupam 31 por cento dos cargos mais bem remunerados (29,6 por cento um ano antes).
Amazon U.K. Services paga 0,5 por cento menos às mulheres (2,1 por cento um ano antes); homens e mulheres ocupam aproximadamente o mesmo número de cargos importantes quanto no ano anterior.
Google, pertencente à Alphabet, registrou uma discreta piora e agora paga 19 por cento menos às mulheres (17 por cento no levantamento anterior) e elas ocupam 21 por cento dos maiores cargos (22 por cento antes).
Microsoft paga 6,3 por cento menos às mulheres (6,6 por cento anteriormente), mas elas ocupam menos cargos importantes agora (22 por cento contra 22,8 por cento no levantamento de um ano antes).
Ronan Harris, diretor-gerente do Google no Reino Unido e Irlanda, afirmou em comunicado que "embora o número de mulheres em papéis de engenharia e liderança esteja aumentando, temos muito mais a fazer para fechar esse hiato".
O setor de tecnologia ainda tem questões arraigadas de discriminação. Metade das mulheres que responderam uma enquete da firma londrina de venture capital Atomico relatou ter sofrido discriminação.
Os números do Google não são muito melhores fora do Reino Unido e Irlanda. Embora a parcela de funcionários homens e brancos em 2018 fosse menor do que em 2017, a melhora para minorias raciais foi menos óbvia.
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