Privatização de operadora ADP pode ser decidida em referendo
(Bloomberg) -- O plano do presidente da França, Emmanuel Macron, de privatizar a Aéroports de Paris ficará suspenso por pelo menos nove meses. O tribunal constitucional francês de sinal verde para a realização de um referendo que vai decidir se a operadora de aeroportos deveria ser declarada como bem público.
Um referendo proposto por partidos que se opõem à privatização atende às exigências constitucionais, disse o tribunal em comunicado divulgado nesta quinta-feira. Isso significa que os parlamentares agora têm nove meses para obter o apoio de pelo menos 4,72 milhões de eleitores registrados para o plano do referendo.
As ações da ADP tiveram a maior queda desde agosto de 2011 após a decisão do tribunal, com baixa de 5,7%. A desvalorização eliminou quase 1 bilhão de euros (US$ 1,1 bilhão) de capitalização de mercado da operadora de aeroportos como o Paris Charles de Gaulle e Orly.
A França não tomará nenhuma decisão sobre a privatização da ADP até o período do referendo, segundo a agência France-Presse, citando o Ministério das Finanças. Macron não quis comentar a decisão do tribunal em uma conferência de imprensa na Romênia, onde participou de uma reunião de líderes da União Europeia na quinta-feira.
O referendo seria o primeiro desse tipo. Parlamentares de vários partidos agora se debruçam sobre a legislação de privatização que tramita no parlamento, o que abriria caminho para o governo vender participações em empresas como a ADP.
Analistas do Santander disseram que um referendo poderia abortar o plano de privatização, que reduziria a participação de 50,6% do governo na ADP.
A ADP disse que planeja dobrar o investimento em seus aeroportos Charles de Gaulle, Orly e Le Bourget, nos arredores da capital francesa, com a construção de um novo terminal, reformas dos já existentes e melhoras de acesso rodoviário. A empresa também pretende operar mais aeroportos no exterior.
--Com a colaboração de Helene Fouquet.
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