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Setor de táxis-robôs pode movimentar US$ 2 tri em 2030

Sam Unsted

23/05/2019 13h11

(Bloomberg) -- O mercado global de táxis-robôs pode movimentar mais de US$ 2 trilhões por ano até 2030, e a adoção em massa de veículos sem motoristas poderia proporcionar um impulso significativo para vários setores, segundo analistas do UBS.

A estimativa é baseada em uma simulação do UBS Evidence Lab com uma frota de táxis-robôs em Nova York, que otimizou as rotas e conexões dos passageiros com veículos, juntamente com métricas como custos de operação, taxas de utilização, margens e tamanho da rede de estações de recarga, escreveram analistas como David Lesne em relatório. O número atual de táxis que operam apenas em Nova York poderia ser reduzido em dois terços quando os veículos se tornarem totalmente autônomos, disseram os analistas.

O valor do mercado inclui fluxos de receita vindos da fabricação de veículos e pneus, fornecimento de eletricidade, construção de estações de recarga e semicondutores que seriam necessários para a tecnologia, disseram. Empresas de aplicativos de transporte como Uber Technologies e Lyft provavelmente estarão na vanguarda, mas o UBS também citou a General Motors e Volkswagen entre as montadoras na liderança. Concessionárias, operadoras de telecomunicações e empresas de Internet também poderiam se beneficiar.

O sistema é viável tecnologicamente e financeiramente e, "uma vez que o ponto de inflexão for atingido, acreditamos que a taxa de crescimento para a adoção de táxis-robôs será alta", disseram os analistas. A indústria de equipamentos de produção, com empresas como Siemens e ABB, também está "pronta para essa transição".

O modelo de táxis-robôs esteve no foco das atenções recentemente. Elon Musk incluiu a tecnologia ao promover o futuro da combalida Tesla. A Waymo, da Alphabet, é outro nome proeminente com grandes planos para o setor e a montadora alemã Daimle também pesquisa o mercado.

Mesmo assim, as montadoras estão atentas ao receio dos consumidores sobre a tecnologia, depois de uma série de acidentes que despertaram temores entre os possíveis passageiros. Especialistas do setor disseram que a velocidade mais lenta e regulada dos testes de veículos autônomos na Europa poderia ajudar a reduzir o número de acidentes.