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Jovens devem dar impulso à economia dos EUA, diz Morgan Stanley

Joanna Ossinger

10/06/2019 07h06

(Bloomberg) -- Os bancos precisam defender seu território em um contexto onde jovens consumidores começam a moldar a economia dos Estados Unidos, de acordo com o Morgan Stanley. Mas Apple e Google estão bem posicionadas para se beneficiar dessa tendência, segundo o banco.

Os millennials e a geração Z - crianças nascidas após 2000 - devem dar um impulso acima da média para a economia num horizonte de 20 a 30 anos, escreveram economistas como Ellen Zentner em pesquisa publicada em 9 de junho. Os economistas pediram aos analistas do Morgan Stanley ideias sobre quais ações seriam beneficiadas.

Grandes bancos podem ser mais afetados já que clientes mais jovens, que preferem bancos digitais ou serviços bancários móveis, podem optar por fintechs ou grandes empresas de tecnologia como PayPal Holdings, Amazon.com e Google, diz a equipe de analistas liderada por Betsy Graseck. Segundo os analistas, o Bank of America lidera o segmento de serviços financeiros móveis, o Capital One Financial se destaca em produtos sob medida para menores de 18 anos, e o First Republic Bank está à frente em serviços para os millennials.

Americanos jovens tendem a gastar uma quantia desproporcional em itens como celulares, roupas e refeições em restaurantes, escreveram analistas como Kimberly Greenberger. Combinando as tendências da população mais jovem com dados demográficos, os analistas destacam como beneficiadas empresas como a Chipotle Mexican Grill, Starbucks e Nike no segmento de consumo discricionário.

A Apple está bem posicionada para se beneficiar de seus serviços de assistência médica tecnológicos, juntamente com fornecedores de serviços de mobilidade de funcionários e eficiência de força de trabalho, como Salesforce.com e Adobe, segundo analistas liderados por Katy Huberty.

As mudanças nas preferências das gerações não serão boas para todas as empresas. Analistas como Ravi Shanker veem empresas de entregas tradicionais como United Parcel Service e FedEx prejudicadas por incentivos oferecidos por varejistas, como a retirada de itens nas lojas e entrega de pedidos on-line feitos nos próprios estabelecimentos.