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Banco criado em 1,5 milhão de horas desafia rivais tradicionais

Roxanne Henderson

27/06/2019 13h49

(Bloomberg) -- A Discovery levou 1,5 milhão de horas durante quatro anos para criar um banco. Quando a startup abrir as portas para o público na segunda-feira, vai desafiar bancos sul-africanos com histórias que remontam a 1838, que estarão prontos para a batalha.

A seguradora se orgulha de sua oferta Vitality, um programa de recompensas que dá aos seus 1,9 milhão de clientes descontos para academias de ginástica ou para comprar alimentos saudáveis; um conceito que também é aplicado a clientes bancários que mantêm suas finanças em ordem. Mas, enquanto o Discovery Bank estava sendo planejado, rivais como o First National Bank (FNB), do FirstRand, e Capitec Bank aproveitaram para reforçar seus próprios serviços e iniciar uma guerra de preços.

Apesar da complexidade de conectar mais de 120 sistemas das divisões de seguro de vida, de saúde, seguros de curto prazo e administração de recursos da Discovery, os clientes do banco verão uma interface única onde poderão realizar a maioria das transações com apenas três cliques, disse em entrevista o presidente da Discovery, Adrian Gore, em Johanesburgo.

Nem tudo sendo ofertado é completamente novo. Os clientes podem abrir uma conta com um selfie, algo já disponível no FNB, e completar seu registro em cinco minutos, quase o mesmo tempo para abrir uma conta no TymeBank.

A empresa também vai transferir 2,1 bilhões de milhas da Discovery de clientes existentes para o banco, que podem ser convertidas em dinheiro eletrônico ou usadas em lojas associadas. O programa de fidelidade eBucks da FNB permite que os clientes comprem produtos on-line ou recebam descontos em combustível, embora estes sejam acumulados mensalmente, enquanto no caso da moeda digital da Discovery o processo é instantâneo. Outros bancos também aprimoraram seus programas de fidelidade.

Gore, de 55 anos, fundou a Discovery em 1992 como administradora de planos de saúde e a transformou na maior do país. Anteriormente, também usou parcerias para exportar o Vitality para 18 outros países, como EUA, China, Cingapura, Austrália e nações da Europa.

"Este é um banco, é um animal altamente complexo", disse. "Não sentimos necessidade de nos apressar."