Navio com canola canadense encalha com disputa EUA-China
(Bloomberg) -- Algumas das pessoas mais ansiosas para ver uma resolução no conflito comercial entre Estados Unidos e China podem estar na tripulação de um navio que circula no Mar da China Oriental.
O navio Amazon, carregado com canola canadense, tem viajado de um lado para outro nas águas ao redor do porto de Xiamen há quatro semanas, depois de deixar Vancouver em 7 de maio, segundo dados de navegação da Bloomberg e de uma pessoa com conhecimento do assunto. Autoridades chinesas têm repetidamente realizado inspeções de qualidade do carregamento, disse a pessoa.
O Canadá se envolveu na disputa comercial após a prisão no país da diretora financeira da Huawei Technologies, Meng Wanzhou, atendendo a um pedido das autoridades americanas no ano passado. Na opinião do premiê canadense, Justin Trudeau, a canola está sendo usada como moeda de barganha na guerra comercial. A China revogou as licenças de importação de dois exportadores de canola, prendeu dois canadenses e reteve embarques de soja nos portos para inspeção.
"O navio pode ser o último carregamento de canola do Canadá", disse Lu Yun, analista da Shanghai JC Intelligence. "Não esperamos nenhum embarque em julho."
Em outra medida, a China esta semana baniu as importações de carne suína do Canadá depois que uma investigação sobre traços de um aditivo alimentar proibido levaram à descoberta de certificados de saúde falsificados.
Não houve resposta a um fax enviado à alfândega chinesa com perguntas sobre o carregamento de canola.
As importações da China de canola canadense, usada para fabricar óleo de cozinha usado nas condimentadas receitas de Shichuan, caíram quase 70% em maio em comparação com o mesmo período do ano passado. O Canadá é o maior fornecedor de canola para o mercado chinês.
Como parte dos esforços para resolver a disputa comercial, os presidentes Donald Trump e Xi Jinping devem se reunir no sábado na cúpula do Grupo dos 20 no Japão. Antes desta reunião, a China anunciou a suspensão das compras de soja dos EUA e pediu aos exportadores americanos que atrasem o envio de carregamentos de soja que o governo chinês havia encomendado no início do ano.
--Com a colaboração de Alfred Cang e Alex Millson.
To contact Bloomberg News staff for this story: Shuping Niu em Beijing, nshuping@bloomberg.net
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.