Xangai adota lei de reciclagem do lixo por cores
(Bloomberg) -- Esqueça a trégua da guerra comercial, a maioria das pessoas em Xangai quer saber onde descartar a caixa vazia de suco de laranja.
Uma lei de classificação do lixo de quatro níveis e codificada por cores entrou em vigor nesta segunda-feira, e agora os mais de 20 milhões de habitantes da cidade precisam descobrir se consideram seu lixo "molhado" (marrom), "seco" (preto), "reciclável" (azul) ou "perigoso" (vermelho). Quem ignorar as regras pode pagar uma multa de até 200 iuanes (US$ 29,23).
O programa piloto será lançado em todo o país caso funcione. O governo de Xangai disse que realizou mais de 13 mil sessões de treinamento com 1,26 milhão de pessoas este ano sobre como separar o lixo.
Não é fácil. Por exemplo, embalagens cartonadas de plástico usadas na entrega de alimentos são consideradas lixo seco uma vez usadas, mesmo que sejam recicláveis quando lavadas. E fraldas usadas são classificadas como secas, embora alguns digam que deveriam entrar na categoria de perigosas. Alguns residentes de Xangai relataram que receberam advertências verbais ou por escrito de autoridades locais por não separarem corretamente o lixo.
O Swissotel Grand Shanghai foi o primeiro a receber uma "notificação de retificação" de autoridades locais por separar indevidamente o lixo na manhã de segunda-feira, segundo o jornal estatal Shanghai Daily. O hotel de luxo não tinha nenhum dos sinais necessários em suas lixeiras, as caixas não possuíam tampas e guardanapos foram encontrados no lixo reciclável. O hotel recebeu cinco dias para se ajustar às regras ou terá de pagar uma multa de até 50 mil iuanes.
Apesar das dúvidas provocadas pelas novas regras, muitos não perderam o bom humor. O site de compras Taobao, do Alibaba, está vendendo mini latas de lixo portáteis que as pessoas podem usar como cinto, e aplicativos dizem a categoria correta do tipo de lixo quando o nome do item é digitado.
To contact Bloomberg News staff for this story: Allen Wan em Xangai, awan3@bloomberg.net;Jin Ye em Xangai, jye141@bloomberg.net
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