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Compras on-line não devem puxar vendas de papel: Morgan Stanley

Hanna Hoikkala

08/07/2019 10h47

(Bloomberg) -- Apesar do aumento das compras on-line, o comércio eletrônico dificilmente deve provocar um salto da demanda por papel para embalagens esperado por alguns fabricantes, segundo o Morgan Stanley.

A análise do banco implica que o comércio eletrônico provavelmente não causará uma mudança de impacto, que as estimativas de crescimento das empresas podem ser muito altas e que as chamadas varejistas on-line podem, na verdade, reduzir os custos com embalagens.

O Morgan Stanley alertou sobre um possível excesso de papelão causado pelo otimismo equivocado de fabricantes de que o comércio eletrônico deve estimular a demanda por papel para embalagens. Há até evidências de que varejistas como a Amazon.com, Alibaba, Walmart e Target estão desenvolvendo estratégias para reduzir sua demanda por embalagens, escreveram analistas do Morgan Stanley em relatório.

Ao mesmo tempo, fabricantes de papel sinalizaram que pretendem aumentar a capacidade em larga escala, e muitas empresas citaram o comércio eletrônico como justificativa para suas decisões de investimento, disseram analistas do Morgan Stanley, como Carlos De Alba.

Uma iniciativa de buscar alternativas, particularmente para evitar plásticos de uso único, reflete a preocupação de empresas e autoridades em todo o mundo para eliminar materiais poluentes. Isso provavelmente também explique por que fabricantes de papel decidiram expandir a capacidade de kraftliner. Mas levará tempo para que a proibição dos plásticos afete a demanda, dada a dependência da fiscalização do governo, disse o Morgan Stanley.

A diferença global entre capacidade e demanda por papelão deve dobrar nos próximos dois anos, segundo o Morgan Stanley, pressionando para baixo os preços do papel para embalagem. O Morgan Stanley tem recomendação overweight para a Mondi e equalweight para a Klabin.

--Com a colaboração de Catherine Larkin.