Mercado de carbono quer proteção da UE por menor uso de carvão
(Bloomberg) -- Os governos da União Europeia devem proteger o mercado de carbono da região de uma queda na demanda por licenças de poluição ao fechar usinas termoelétricas a carvão, disse a Associação Internacional de Comércio de Emissões, IETA na sigla em inglês.
A eliminação progressiva do carvão deve ser acompanhada do cancelamento de uma quantidade correspondente de licenças no Sistema de Negociação de Emissões da UE, de acordo com a IETA, cujos membros incluem investidores, emissores, operadores e bolsas de valores. Doze estados da UE, incluindo a Alemanha e Espanha, pretendem abandonar a geração baseada no carvão, procurando acelerar uma mudança para economias mais verdes.
"Um desligamento em grande escala da geração a carvão, ocorrendo simultaneamente em vários países da UE, afetaria significativamente o funcionamento do mercado de carbono da região", disse a associação em um documento publicado na segunda-feira. "Uma redução acentuada nas emissões resultaria em queda na demanda por permissões de emissões e, como conseqüência, distorceria o equilíbrio do mercado".
O Sistema de Negociação de Emissões da UE atribui limites de poluição a cerca de 12.000 instalações pertencentes a fabricantes e produtores de energia no bloco de 28 países. O preço de referência das licenças para a descarga de CO2 mais do que triplicou no ano passado devido a amplas reformas para reduzir o excesso de oferta.
As nações europeias tiveram a opção de anular voluntariamente as permissões de carbono ligadas ao fechamento da capacidade de geração de eletricidade sob a reforma de 2018. A Comissão Europeia, o braço regulador da UE, ainda não propôs exatamente como tal retirada deveria ser feita.
"Ainda há muitas questões sem resposta em relação às condições de cancelamento, incluindo o cálculo do número de licenças a serem canceladas, notificação prévia de cancelamentos e um modelo para os estados membros informarem à comissão sua intenção de cancelar as permissões da UE" disse Julia Michalak, diretora de política da UE na IETA. "Todos esses detalhes relevantes devem ser esclarecidos rapidamente".
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