Amazon na mira de União Europeia em investigação antitruste
(Bloomberg) -- A Amazon.com enfrenta uma investigação antitruste da União Europeia em um momento em que a comissária para competição do bloco, Margrethe Vestager, prepara o final de sua ofensiva de cinco anos contra as gigantes de tecnologia dos Estados Unidos
A dinamarquesa tem tudo pronto para iniciar uma investigação formal contra a Amazon dentro de alguns dias, segundo duas pessoas a par do caso que pediram anonimato.
Vestager sinalizou durante meses que planeja ampliar uma investigação preliminar sobre como a Amazon poderia utilizar dados de vendas para prejudicar lojas de menor porte em seu marketplace. Ao ampliar a investigação, as autoridades podem conduzir um caso que resultaria em multas ou em uma ordem para mudar a forma de operação da empresa com sede em Seattle.
"Se plataformas poderosas usam os dados acumulados para obter vantagem sobre seus concorrentes, tanto consumidores quanto o mercado arcam com o custo", disse Johannes Kleis, da BEUC, uma organização europeia de defesa do consumidor, de Bruxelas.
Ao mesmo tempo, a Qualcomm poderia ser penalizada pela segunda vez pela UE já na próxima semana por supostamente vender chips abaixo do custo de produção, com o objetivo de ganhar mercado de um concorrente de menor porte. A fabricante de chips americana foi multada no ano passado por suposta concorrência desleal com fornecedores rivais da Apple e tem sido objeto de investigações antitruste desde 2005.
Vestager já havia multado o Google com valores recordes e ordenou que a Apple pagasse bilhões de euros em impostos atrasados. Ao ter como alvo o presidente da Amazon, Jeff Bezos, Vestager mantém a pressão sobre as gigantes de tecnologia até o final de seu mandato, que acaba em outubro.
A Amazon e a Comissão Europeia em Bruxelas não quiseram comentar os planos da investigação. Representantes da Qualcomm não estavam disponíveis para comentários.
Embora seja a primeira vez que a UE defina como alvo o modelo de negócios de varejo on-line da Amazon, é a terceira vez que a empresa é investigada pelo regulador, após investigações anteriores sobre impostos e e-books.
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