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Aérea de baixo custo dos EUA cobra por espaço extra para pernas

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Imagem: Divulgação

Mary Schlangenstein

27/08/2019 09h31

A Allegiant Airlines, uma companhia área de baixo custo conhecida por espremer passageiros que buscam melhores preços, tenta convencer os clientes a pagar por uma nova comodidade: espaço extra para as pernas.

A unidade da Allegiant Travel removeu uma fileira em três de seus jatos A320 da Airbus para oferecer 30 assentos com seis polegadas de espaço extra. O desafio é persuadir os passageiros a optar por mais espaço.

"Tem sido bom, mas não ótimo", disse na segunda-feira o presidente da companhia aérea, Maury Gallagher, em entrevista no International Aviation Forecast Summit, em Las Vegas. "Vamos colocar em toda a frota? Ainda não sabemos."

Mas a Allegiant segue com os planos. Na verdade, agora está adaptando uma quarta aeronave, uma estratégia em linha com aéreas que tentam convencer alguns passageiros da classe econômica a pagar mais por comodidades, mesmo diante de passagens mais baratas em outros voos básicos.

A Spirit Airlines, outra aérea de baixo custo, oferece o "Big Front Seat" com espaço extra e uma área maior para as pernas. A Allegiant vende sua opção "Extra" como um pacote, com embarque prioritário, espaço marcado no compartimento superior e uma bebida gratuita, além do espaço adicional para as pernas.

'Grande investimento'

A Allegiant, que obtém a maior parte da receita com taxas e serviços opcionais, testou as comodidades durante o verão em 85% de suas partidas de Los Angeles. A oferta será transferida para sua base em Grand Rapids, Michigan, neste outono e durante o inverno no hemisfério norte, disse Gallagher.

O CEO disse que ficou surpreso porque o produto não teve boa demanda, mas o executivo está disposto a dar mais tempo para a estratégia funcionar. A companhia aérea quer garantir que a receita do espaço extra compense os seis lugares ocupados.

"É um grande investimento para mudar toda a frota", disse.

Mas o executivo também transmitiu cautela em seus comentários aos participantes da conferência, que incluíam representantes e incorporadoras de aeroportos. Em alguns casos, os clientes simplesmente não querem pagar mais, afirmou.

Os passageiros "não dão a mínima para seus aeroportos e não dão a mínima para o interior do meu avião".