Analista mais otimista com BTG reforça compra após turbulência
(Bloomberg) -- Os analistas do Santander, os mais otimistas sobre as perspectivas para o BTG Pactual, estão reforçando a aposta na alta dos papeis no banco, mesmo com o abalo sofrido graças às acusações da nova fase da Lava Jato.
"O banco está atualmente em uma situação muito mais sólida, líquida e solvente do que em 2015", escrevem Henrique Navarro e Olavo Arthuzo, analistas do Santander, em relatório na segunda-feira. Eles reiteraram sua recomendação de compra e o preço-alvo, o mais alto entre os pares, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
As units do BTG, o maior banco de investimento independente da América Latina, chegaram a subir até 14% na terça-feira, depois de mergulharem 31% nos dois dias anteriores, com a operação da Polícia Federal nos escritórios do banco e na casa do fundador e maior acionista do BTG, Andre Esteves. Ontem, uma reportagem do site O Antagonista apontou alegações de que o banco mantinha um departamento para aconselhar os clientes sobre lavagem de dinheiro.
O BTG enfrentou uma crise de liquidez em 2015, quando as investigações da Lava Jato levaram à prisão de Esteves, 51. Desta vez, porém, o banco não sofreu saques significativos, disse uma pessoa familiarizada com a situação, pedindo para não ser identificada porque a informação é confidencial. O BTG negou qualquer irregularidade e considerou os relatos sobre lavagem de dinheiro como algo "apócrifo" e "absurdo". No ano passado, Esteves foi inocentado das acusações contra ele de 2015.
As units do BTG também podem se beneficiar do programa de recompra anunciado em outubro. "Até agora, o banco recomprou 6,4 milhões de units, que representam 42% do programa", escreveram os analistas do Santander. O BTG ainda possui 8,6 milhões de units elegíveis para o plano, de acordo com um comunicado ao mercado desta terça-feira. A corretora do próprio banco responde pela maior parte da compra líquida de units do banco desde sexta-feira, segundo dados compilados pela Bloomberg.
"Entendemos a pressão negativa sobre o papel - afinal, o setor bancário é dependente de confiança, e ninguém pode prever como essa situação evoluirá", disseram Navarro e Arthuzo em seu relatório. "Por enquanto, não vemos nenhum impacto que seja material o suficiente para levá-lo a uma recomendação de manutenção."
Para contatar o editor responsável por esta notícia: Patricia Xavier, pbernardino1@bloomberg.net
Repórteres da matéria original: Vinícius Andrade em Sao Paulo, vandrade3@bloomberg.net;Felipe Marques em São Paulo, fmarques10@bloomberg.net
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