De Fidelity à Schroders, gestores mostram otimismo com Brasil
(Bloomberg) -- Gestores globais estão otimistas quanto às perspectivas para o mercado acionário brasileiro, diante da aprovação da reforma da Previdência e da expectativa com o detalhamento dos próximos itens da agenda econômica do governo Jair Bolsonaro.
Com a reforma da Previdência concluída, o ministro da Economia, Paulo Guedes, se prepara para anunciar uma nova agenda ao Congresso, com foco no ajuste do orçamento do setor público. O pacote deve incluir uma reforma administrativa e a criação de um conselho fiscal para supervisionar os orçamentos federais, estaduais e municipais.
"As perspectivas para as ações no Brasil são positivas, considerando-se onde estamos no ciclo econômico - no começo -, assim como avanços significativos no lado das reformas e valuations atrativos", disse Will Pruett, que administra US$ 542 milhões na Fidelity Management, em Boston. Economistas projetam expansão de cerca de 2% do PIB em 2020, mais que o dobro da taxa esperada para este ano, em um cenário de corte de juros para novas mínimas históricas.
O Brasil é o mercado acionário preferido da Schroders na região, segundo Pablo Riveroll, chefe de renda variável para a América Latina da empresa, em Londres. O Ibovespa acumula alta de 22% desde o início do ano, e surgem sinais incipientes de aumento do interesse estrangeiro, após os estrangeiros terem ficado de fora da maior parte do recente rali.
"Depois de anos de fraco crescimento econômico e momentum fraco dos lucros, a economia precisa acelerar para atrair interesse", disse Riveroll. "Acreditamos que as condições existem ou estão quase lá: aprovação da reforma da Previdência, perspectiva fiscal confiável, aumento da confiança, juros e inflação baixos e menor alavancagem no nível corporativo e das famílias."
Confira as apostas dos investidores no mercado acionário brasileiro:
Fidelity, Pruett
- As maiores posições no Brasil estão nos setores de consumo discricionário, industrial e de saúde
- O gestor está otimista em relação aos segmentos de educação, companhias aéreas, operadoras integradas de saúde, "bem como qualquer empresa preparada para se beneficiar da migração a longo prazo de poupanças de títulos do governo para produtos de maior risco em busca de rendimento"
Schroders, Riveroll
- Gosta de varejistas brasileiras, construtoras domésticas, empresas financeiras não bancárias, tecnologia e concessionárias
- Está underweight em bancos, matérias-primas e produtos básicos
- Recentemente aumentou o peso de varejistas; realizou lucros em construtoras e reduziu o peso de bancos
AllianceBernstein, Morgan Harting
- Investe em grupos como concessionárias de serviços públicos que devem se beneficiar de reformas do governo, como Sabesp, Eletrobras e Equatorial Energia
- Também gosta de Yduqs, B3 e Petrobras
- "Estamos 'light' nos grandes bancos", disse
--Com a colaboração de Martha Beck.
Para contatar o editor responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net
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