IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Homens nos EUA têm saúde debilitada e menor expectativa de vida

Alexandre Tanzi

30/10/2019 09h00

(Bloomberg) -- Sinais de declínio da saúde de homens nos Estados Unidos são crescentes, segundo relatório anual do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde.

A expectativa de vida de homens caiu para 76,1 anos em 2017 em relação aos 76,5 em 2014, segundo os dados. Aos 65 anos, projeta-se que os homens vivam outros 18,1 anos em comparação aos 20,6 anos para as mulheres.

Essas e outras conclusões do relatório anual, que monitora a saúde da população dos EUA em diferentes métricas, têm implicações para a produtividade, salários e economia em geral.

Expectativa de vida

A expectativa de vida está em queda nos Estados Unidos. Em 2017, as estimativas para brancos, negros e hispânicos haviam caído para 78,5, 74,9 e 81,8, respectivamente, depois de terem atingido o pico em 2012 ou 2014 para esses grupos.

O declínio na expectativa de vida ocorre em parte devido a mortes causadas por problemas emocionais. De 2007 a 2017, a taxa de mortalidade por overdose de drogas aumentou 82%, de 11,9 para 21,7 mortes a cada 100 mil habitantes. No mesmo período de 10 anos, a taxa de suicídio subiu 24%, de 11,3 para 14 mortes a cada 100 mil habitantes.

Homens mostraram o dobro da taxa de mortalidade por overdose em relação ao índice entre mulheres em 2017, e as taxas entre homens praticamente dobraram desde 2007. Os recentes aumentos foram especialmente pronunciados entre homens de 25 a 34 anos e na faixa de 35 a 44 anos, segundo o relatório.

Os suicídios entre americanos também aumentaram acentuadamente - de 26.869 em 1980 para 47.173 em 2017. Em 2017, foi a segunda principal causa de morte depois de acidentes para faixas etárias de jovens - 10-14, 15-19 e 20-24 -, subindo para nível recorde. Homens mais jovens foram os mais impactados.

Saúde debilitada

Muitos americanos sofrem de problemas de saúde. Cerca de 30% dos adultos têm uma doença que limita a funcionalidade. O número de adultos com 65 anos ou mais com problemas de saúde aumentou de 14,7 milhões em 2010 para 20,4 milhões em 2017, uma situação que afeta famílias e aumenta a pressão sobre os serviços de saúde e assistência social.

O uso de cigarros eletrônicos entre estudantes do ensino médio, do 9º ao 12º ano, subiu nesta década de 1,5% em 2011 para 20,8% em 2018.

Também há boas notícias no relatório. Embora as doenças cardíacas continuem sendo a causa mais comum de morte, as taxas de mortalidade por doenças cardíacas e câncer caíram cerca de 15% entre 2007 e 2017. As mortes por acidente vascular cerebral entre homens e mulheres diminuíram 13,6%, principalmente devido a uma melhor prevenção, diagnóstico e tratamento, de acordo com o relatório.

Para contatar o editor responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net