Frota do Max levará "vários trimestres" para voar, diz Boeing
A Boeing disse que serão necessários "vários trimestres" para que a frota global do 737 Max volte a voar, após a suspensão das operações que deixou cerca de 700 aviões parados.
"Não vamos estressar demais o sistema", disse Randy Tinseth, vice-presidente de marketing da Boeing, em entrevista na terça-feira na Singapore Airshow.
A fabricante de aeronaves de Chicago primeiro quer garantir que os 400 aviões com os clientes e os outros 300 estocados nas fábricas voltem a voar antes de aumentar a produção, disse Tinseth. "O processo para fazer isso levará vários trimestres", afirmou.
A Boeing suspendeu a produção de sua aeronave mais vendida em janeiro, 10 meses depois que reguladores proibiram os voos com o avião após dois acidentes relacionados a um problema de software.
Na semana passada, a empresa disse que havia descoberto outro problema de software no avião, mas ainda espera que o jato retome as operações em meados de 2020, um prazo que, segundo já havia dito, inclui tempo para falhas adicionais.
O tempo necessário para retomar os serviços com a frota do Max, antes de a Boeing acelerar o ritmo da produção, aliviará pouco a pressão sobre os fornecedores da Boeing.
A Spirit AeroSystems Holdings, fabricante de fuselagem, pilões de motores e componentes de asas e que depende do Max para metade de suas vendas, reduziu o dividendo para economizar recursos e demitiu 2.800 funcionários. A fornecedora United Technologies afirmou que as vendas e o lucro serão atingidos este ano pela crise do Max.
Um elemento-chave para o retorno do jato é o treinamento de pilotos em simuladores. Enquanto países como a Índia aconselharam a Boeing a instalar simuladores localmente, Tinseth disse na terça-feira que o equipamento existente deve cobrir todos os requisitos de treinamento.
"O treinamento que será vinculado ao Max é administrável com os simuladores que estão no mercado", disse Tinseth.
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