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Reino Unido vai investir US$ 1,6 bi em supercomputador climático

Alex Morales

17/02/2020 08h07

(Bloomberg) -- O Reino Unido disse que planeja gastar 1,2 bilhão de libras (US $ 1,6 bilhão) no desenvolvimento do mais poderoso supercomputador meteorológico e climático do mundo.

O programa tem como objetivo melhorar modelos meteorológicos e de clima pela agência de meteorologia do governo, conhecida como Met Office, disse o secretário de negócios, Alok Sharma, em comunicado na segunda-feira. A máquina substituirá o atual supercomputador do Reino Unido, que já é um dos 50 mais poderosos do mundo.

"Faça chuva ou faça sol, nosso investimento significativo em um novo supercomputador acelerará ainda mais as previsões do tempo, ajudando as pessoas a estarem mais preparadas para as instabilidades climáticas, desde o planejamento de viagens até a implantação de defesas contra inundações", disse Sharma, que presidirá a rodada anual de negociações climáticas das Nações Unidas em Glasgow, Escócia, em novembro.

O Reino Unido vai sediar a cúpula climática de fim do ano, e o primeiro-ministro Boris Johnson que mostrar a liderança do país no estudo do clima, como na redução das emissões globais de gases de efeito estufa. O governo planeja usar os dados gerados pelo novo computador para basear políticas com o objetivo de liderar o combate às mudanças climáticas.

O Reino Unido foi a primeira grande economia a dizer que eliminará gradualmente as emissões de gases de efeito estufa até 2050, o chamado "zero líquido", e diz que o novo supercomputador lhe ajudará a alcançar a meta.

A nova máquina pode ajudar a proteger contra os piores efeitos das mudanças climáticas ao melhorar a preparação para eventos climáticos extremos e minimizar danos a residências e empresas, informou o Departamento de Negócios. Os dados produzidos ajudarão a selecionar os locais mais adequados para defesas contra inundações, permitirão que aeroportos se preparem melhor para interrupções e auxiliarão o setor de energia a se proteger contra possíveis blecautes e picos de energia.

Também poderia contribuir para a redução de emissões, por exemplo, permitindo que as companhias aéreas aproveitem os ventos de cauda.

O investimento substituirá os supercomputadores existentes do Met Office por um período de 10 anos, de 2022 a 2032. Os gastos nos primeiros cinco anos multiplicarão por seis a capacidade de computação, informou o departamento.

Na quinta-feira, Sharma foi nomeado presidente das negociações da ONU de fim de ano, conhecidas como COP26, depois da demissão no mês passado de Claire O'Neill, que deveria presidir a cúpula. O desafio de Sharma será ajudar a intermediar um acordo entre mais de 190 nações com interesses econômicos muito diferentes.

Para contatar o editor responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net