Impacto do vírus em economia global pode chegar a US$ 5 tri
(Bloomberg) -- A pandemia de coronavírus deve reduzir o crescimento global em mais de US$ 5 trilhões nos próximos dois anos, um valor maior do que o PIB anual do Japão.
Esse é o alerta dos bancos de Wall Street diante da perspectiva da recessão mais profunda em tempos de paz desde a década de 1930, causada pelo impacto das medidas dos governos que fecharam empresas e obrigaram cidadãos a ficar em casa.
Embora a previsão seja de uma recessão curta, levará tempo para que as economias recuperem o terreno perdido. Mesmo com níveis sem precedentes de estímulo monetário e fiscal, é improvável que o PIB global retorne à tendência pré-crise antes de 2022.
É um prazo semelhante ao período após a crise financeira global ocorrida há mais de uma década, embora a recuperação possa ser ainda mais lenta do que a previsão de economistas.
A perspectiva destaca a enorme tarefa de formuladores de políticas, que devem oferecer estímulos suficientes para impulsionar a recuperação, mas evitar reabrir as economias muito cedo e assim permitir que o vírus retorne.
"A trajetória importa muito", disse Catherine Mann, economista-chefe do Citigroup, que espera um impacto global de cerca de US$ 5 trilhões. "Se a trajetória for positiva, isso sustenta a confiança empresarial e também indivíduos, que sentem que podem conseguir um emprego. Esse é um ingrediente essencial para a segunda metade do ano e 2021."
Economistas do JPMorgan Chase estimam a produção perdida em US$ 5,5 trilhões ou quase 8% do PIB até o fim do próximo ano. O custo apenas para as economias desenvolvidas será semelhante ao observado nas recessões de 2008-2009 e 1974-1975.
O Morgan Stanley diz que, apesar da resposta política agressiva, o PIB dos mercados desenvolvidos deve retornar aos níveis pré-vírus apenas no terceiro trimestre de 2021. Para o Deutsche Bank, o "custo prolongado e o efeito de cicatrização" deixarão as economias dos EUA e da União Europeia US$ 1 trilhão abaixo das expectativas pré-vírus até o fim de 2021.
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, disse na quinta-feira que cada mês de confinamento custa à economia da zona do euro 2% a 3% do PIB.
©2020 Bloomberg L.P.
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