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Surtos podem desacelerar economia dos EUA, diz Fed de Chicago

Matthew Boesler

24/06/2020 15h30

(Bloomberg) -- Surtos recorrentes de coronavírus devem segurar o crescimento econômico dos Estados Unidos e manter o desemprego em níveis elevados nos próximos anos, disse o presidente do Federal Reserve Bank de Chicago, Charles Evans.

"Minha previsão pressupõe que o crescimento seja adiado pela resposta a surtos localizados intermitentes - que podem ser agravados pela reabertura mais rápida do que o esperado", afirmou Evans na quarta-feira em comentários preparados para um evento virtual.

"Nesse ambiente, muitos recursos serão dedicados à saúde e à segurança. Presumo que as soluções de saúde se tornem amplamente disponíveis à medida que avancemos até 2022", com o retorno a operações "mais normais" até o fim do ano, disse Evans.

O presidente do Fed de Chicago apontou a mediana das projeções publicadas pelos formuladores de políticas do Fed em 10 de junho, segundo as quais a taxa de desemprego nos EUA pode ser de 5,5% até o final de 2022. A taxa aumentou de 3,5% em fevereiro para 14,7% em abril, e depois caiu para 13,3% em maio, já que muitas cidades suspenderam as quarentenas.

Agora, pequenas empresas em novos epicentros do vírus como Texas e Arizona começam a registrar menor movimento de consumidores com o aumento de casos, e alguns bares e restaurantes estão novamente fechando as portas.

"Até que o vírus seja tratável ou controlado por outras medidas, o retorno da atividade econômica depende da capacidade das empresas de oferecer locais de trabalho e ambientes de consumo seguros", disse Evans. "O quanto esses esforços permitirão que a atividade se recupere é uma questão em aberto."

©2020 Bloomberg L.P.