Vírus atinge US$ 87 bilhões em acordos de fusões e aquisições
Cancelados, adiados, renegociados — pelo menos US$ 87 bilhões em acordos foram afetados pelo caos neste ano em meio à pandemia e turbulência econômica.
A interrupção sem precedentes das fusões e aquisições atingiu uma infinidade de setores como viagens, varejo, imóveis e energia até segmentos aparentemente protegidos, como finanças e tecnologia. Em dólares, as negociações caíram mais de 70% nos EUA e cerca de 55% globalmente em comparação há um ano, segundo dados compilados pela Bloomberg.
O fraco ambiente de fusões e aquisições — o valor de US$ 199 bilhões em acordos em abril, maio e junho foi o mais baixo desde pelo menos 1998 — destaca como executivos de empresas recuaram diante da drástica mudança das perspectivas econômicas. O único sinal positivo é que os acordos começaram a ganhar vida em junho, apesar do fraco mês anterior.
"Este é um grande choque sísmico", disse Mark Shafir, corresponsável global de fusões e aquisições no Citigroup. "Parece que há mais disrupção agora do que lembro na crise financeira há 12 anos."
Como exemplo, mais de dez acordos no valor de US$ 20 bilhões foram encerrados por consentimento mútuo do comprador e do vendedor. Woodward e Hexcel desistiram da fusão de US$ 6,4 bilhões, o maior acordo anunciado a ser cancelado. A transação teria criado um dos maiores fornecedores aeroespaciais e de defesa do mundo.
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