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Cristina Kirchner compara "drama" grego ao vivido pela Argentina em 2001

01/07/2015 22h34

Buenos Aires, 1 jul (EFE).- A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou nesta quarta-feira que a Grécia, que entrou em moratória, vive - assim como viveu seu país na crise de 2001 - o "drama" das políticas neoliberais de ajuste.

"Hoje a Grécia está vivendo uma situação quase idêntica à que nós vivemos em 2001: o drama de políticas terríveis, neoliberais, de ajuste permanente, que arrastam à miséria, à fome e ao desemprego", declarou Cristina em um ato na sede do Executivo transmitido por rede nacional.

A governante comentou que 60% dos jovens gregos não tem trabalho e que 30% dos cidadãos gregos se ilumina com velas para economizar devido ao alto custo das tarifas de eletricidade.

A Grécia entrou em moratória nesta terça-feira após descumprir o pagamento de 1,6 bilhão de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), enquanto na quarta-feira se anunciou que o governo grego aceitou a maioria das condições de reformas e ajustes propostos pelas instituições internacionais para receber um novo resgate.

"Hoje há gente nas ruas, gente que viu reduzidas suas aposentadorias e pensões, exceto as despesas de Defesa. O Fundo Monetário Internacional em nenhum momento pediu que se reduzissem as despesas de Defesa", criticou a presidente argentina.

Cristina também chamou atenção para o fato de que a Grécia destina 2,6% de seu Produto Interno Bruto (PIB) à Otan, em despesas de Defesa, mais que 2,1% destinado pelo Reino Unido

"Obviamente seus provedores (em matéria de armamento) não são gregos; provêm da França, Alemanha e dos Estados Unidos", comentou a chefe de Estado argentina.

Cristina assinalou ainda que "a Grécia não é só um país que representa a democracia e a gerência cultural do Ocidente", mas também "um dispositivo estratégico no sistema de segurança global porque é a entrada e saída do Mediterrâneo".

Por fim, a presidente argentina advertiu que hoje há "muita complexidade" no mundo, onde tudo se movimenta "por interesses opostos".

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