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Maduro destitui ministro da Economia empossado há um mês e meio

Miguel Gutiérrez/EFE
Imagem: Miguel Gutiérrez/EFE

15/02/2016 23h39

Caracas, 15 fev (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, demitiu nesta segunda-feira (15) Luis Salas, o vice-presidente econômico encarregado do Ministério da Economia Produtiva, empossado em 6 de janeiro.

Em seu lugar, Maduro nomeou Miguel Pérez Abade, que era ministro de Indústria e Comércio.

"O ministro Luis Salas vai passar a cumprir outras atividades nas equipes econômicas diretamente relacionadas comigo e decidi nomear o ministro de Indústria e Comércio, o companheiro Miguel Pérez Abade, como novo vice-presidente de Economia Produtiva do país", disse Maduro durante um Conselho de Ministros em Caracas.

O presidente agradeceu Luis Salas, sem dar mais detalhes sobre os motivos de sua saída.

"Agradeço ao companheiro que sei que fez um grande esforço enfrentando situações de caráter familiar e seguiremos ao seu lado até sua superação definitiva", acrescentou Maduro.

Rosto novo

Em 6 de janeiro, o chefe de Estado venezuelano empossou 18 ministros, incluindo Salas. Ele representava um novo rosto no governo do país sul-americano, que geralmente tem ministros conhecidos e ligados à chamada "revolução bolivariana".

Quando escolheu Salas como ministro, Maduro disse que o sociólogo graduado na Universidade Central da Venezuela (UCV) sabia "trabalhar em equipe, estudou profundamente o fenômeno do rentismo e seu esgotamento, e os fenômenos da guerra econômica".

O empresário e ex-presidente da Federação dos Industriais Pequenos, Médios e Artesãos (Fedeindustria) Miguel Pérez Abade havia sido nomeado ministro de Indústria e Comércio no mesmo dia em que Salas.

Maduro disse que Pérez Abade se ocupará de "continuar dinamizando as equipes econômicas de trabalho" no início da aplicação do "decreto de emergência econômica" lançado pelo governo no começo do ano. Apesar de ter sido rejeitado pelo parlamento, que é controlado pela oposição, o decreto foi considerado válido pela corte suprema da Justiça venezuelana.

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AFP