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Inflação em 2015 na Venezuela foi de 180,9%, a mais alta de sua história

18/02/2016 13h29

Caracas, 18 fev (EFE).- O Banco Central da Venezuela (BCV) anunciou nesta quinta-feira (18) que a inflação acumulada em 2015 foi de 180,9%, a mais alta da história do país, e que o Produto Interno Bruto (PIB) teve contração de 5,7%.

Segundo o BCV, os preços aumentaram 34,6% no quarto trimestre de 2015, um crescimento ligeiramente inferior aos 38,9% registrados no trimestre anterior.

Um comunicado elaborado pelo BCV e pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) afirmou que os setores que apresentaram as variações mais altas foram restaurantes e hotéis (46,6%), alimentos e bebidas não alcoólicas (42,2%) e transporte (37%).

No âmbito geográfico, as cidades com maior inflação em 2015 foram Barquisimeto (224%), Ciudad Guayana (212%) e Maturín (207,7%).

O comunicado afirmou que os resultados "se produzem em um contexto no qual se mantém uma redução da oferta de bens de consumo final, devido à queda das importações e à diminuição na produção nacional, circunstâncias por sua vez influenciadas pela queda dos preços internacionais do petróleo".

O BCV informou que a situação de desabastecimento de produtos é percebida pela população como um dos principais problemas que afligem o país.

Recessão

Sobre a contração do PIB, de 5,7%, o banco central afirmou que o setor público teve crescimento de 1,1%, e que o setor privado encolheu 8,4%.

O comportamento da atividade econômica de 2015 responderia "à menor disponibilidade de divisas após a queda dos preços do petróleo, situação que afetou as importações necessárias pelo aparelho produtivo nacional".

Além disso, os baixos preços do petróleo afetaram "os principais indicadores do setor externo" em 2015, acrescentou.

Neste sentido, indicou que a conta corrente mostrou um déficit de US$ 18,15 bilhões (R$ 72,6 bilhões) e a balança comercial registrou um superávit de US$ 456 milhões.

O BCV também comunicou que amortizaram 10,886 bilhões da dívida pública externa.

Apagão nos centros comerciais da Venezuela

AFP