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Reino Unido mantém taxas de juros em 0,5%

17/03/2016 10h55

Londres, 17 mar (EFE).- O Banco da Inglaterra manteve nesta quinta-feira inváriaveis as taxas de juros no Reino Unido, no mínimo histórico de 0,5%, onde estão desde março de 2009, e também seu programa de estímulo, pelo qual investiu 375 bilhões de libras (cerca de R$ 2 bilhões) na compra de bônus públicos e privados.

Em sua reunião mensal, o Comitê de Política Monetária decidiu não subir os juros nem alterar a política de expansão quantitativa por considerar que a recuperação econômica não está suficientemente consolidada e que o Reino Unido enfrenta novos riscos internacionais.

Em fevereiro, o banco central reduziu a previsão de crescimento para este ano de 2,4% a 2,2%, diante do arrefecimento econômico de China, EUA e da zona do euro, além da incerteza sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE), que será decidida em referendo.

Em comunicado, a instituição detalhou hoje que essa incerteza "provavelmente provocará uma queda da libra, além de atrasar decisões de gastos e diminuir a demanda agregada de curto prazo".

O referendo, que acontecerá dia 23 de junho, se soma ao "coquetel de riscos" globais que o governo britânico avalia que ameaçam a economia do país.

O ministro de Economia, George Osborne, reduziu ontem inclusive mais do que o banco central suas previsões de crescimento nos próximos cinco anos, com 2% para 2016, contra os 2,4% previsto em novembro.

Segundo Osborne, o Produto Interno Bruto (PIB) britânico aumentará também menos do que o esperado nos próximos anos, 2,2% em 2017 e 2,1% em 2018, 2019 e 2020, menos que os 2,5%, 2,4% e 2,3% em 2019 e 2020 calculados em novembro.

O Banco da Inglaterra tem margem para manter os juros baixos, pois a inflação continua também em mínimos históricos, atualmente em 0,3% e com aumento previsto para 0,7% este ano e 1,6% em 2017.

Apesar da piora das perspectivas econômicas, a economia britânica reduziu o déficit fiscal - embora não a dívida líquida - e mantém um baixo nível de desemprego, com uma taxa de 5,1% em janeiro, 1,68 milhões de pessoas.