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Presidente da Mitsubishi anuncia renúncia após escândalo de manipulação

18/05/2016 10h29

Tóquio, 18 mai (EFE).- O presidente da Mitsubishi Motors, Tetsuro Aikawa, anunciou nesta quarta-feira (18) sua renúncia após o escândalo de falsificação de dados de consumo de vários modelos de veículos da empresa, e afirmou que a direção não ordenou a manipulação.

Sua saída, que será efetuada apenas no próximo dia 24 de junho, se deve "aos sérios problemas causados aos clientes e acionistas da empresa", explicou a montadora japonesa em comunicado.

Aikawa anunciou a decisão após a Nissan ter finalizado a aquisição de 34% da Mitsubishi. Em entrevista coletiva, ele afirmou que a negociação é uma "saída" para os problemas enfrentados pela empresa por causa do escândalo de falsificação de dados.

Além disso, Aikawa afirmou que a manipulação não foi ordenada pela cúpula da Mitsubishi. A primeira fase de uma pesquisa interna apontou que alguns engenheiros, pressionados pelas metas estabelecidas pela direção, teriam sido responsáveis pela ação.

A empresa não revelou quem substituirá Aikawa no cargo, mas afirmou que o sucessor será conhecido em junho. A imprensa japonesa aponta Osamu Masuko, atual executivo-chefe, como novo presidente.

A mudança na direção foi anunciada uma semana depois da Nissan ter confirmado a compra de 34% da Mitsubishi, se transformando na maior acionista da empresa, para ressuscitar o prestígio da marca.

Em abril, a montadora japonesa admitiu que tinha manipulado os dados de consumo de combustível de pelo menos 625 mil unidades vendidas no Japão de quatro modelos de veículos. As práticas se estenderam para outros modelos, mas ainda não se sabe o alcance total do escândalo.

A Mitsubishi realizará uma reunião com seus acionistas no próximo dia 24 de junho. A previsão é que depois do encontro a Nissan coloque um de seus diretores para liderar o setor de desenvolvimento de produtos da montadora.