Recessão se agrava com queda do PIB de 5,4% no primeiro trimestre
Rio de Janeiro, 1 jun (EFE).- A recessão se agravou no primeiro trimestre deste ano, quando o Produto Interno Bruto (PIB) contraiu 5,4% em comparação com o mesmo período de 2015, informou nesta quarta-feira o governo.
Na comparação com o último trimestre do ano passado, a contração nos três primeiros meses de 2016 foi de 0,3%, segundo os dados divulgados pelo governamental Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
O resultado confirma as previsões pessimistas dos analistas, que esperam para este ano uma contração próxima à do ano passado, quando a economia do país encolheu 3,8%, seu pior resultado nos últimos 25 anos.
A contração deste ano pode ser ainda pior se for levado em conta que nos últimos 12 meses até março, o PIB brasileiro acumulou uma retração de 4,7%, quase um ponto percentual acima do crescimento negativo do ano passado.
Trata-se da maior contração acumulada pelo Brasil em um ano desde que o indicador começou a ser medido com os atuais critérios em 1996.
Se essa tendência se mantiver, a economia brasileira, em grave recessão desde 2015, encadeará dois anos seguidos de crescimento negativo pela primeira vez desde a década de 1930.
De acordo com o IBGE, a economia encolheu nos três primeiros meses deste ano pelo quatro trimestre consecutivo na comparação com o período imediatamente anterior e pela oitava vez seguida em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo os dados divulgados pelo organismo, a queda do PIB no primeiro trimestre frente aos três primeiros meses de 2015 foi provocada principalmente pelo desabamento de 7,3% da produção industrial.
A produção agropecuária reduziu 3,7%, a mesma porcentagem que o setor serviços.
Pelo lado da demanda, a contração foi provocada principalmente pelo forte queda do consumo das famílias brasileiras, de 6,3% frente ao primeiro trimestre do ano passado, como consequência tanto do aumento do desemprego, quanto da queda da renda e da alta da inflação.
O consumo do governo também se reduziu, mas só 1,4% na comparação com os três primeiros meses do ano passado.
O consumo dos brasileiros, impulsionado pela redução da pobreza e o aumento da renda, foi o principal motor da economia até há um par de anos, e sua queda é apontada como a principal causa da atual recessão.
Mas a fraqueza da maior economia sul-americana também é explicada pela forte queda do investimento produtivo no país, que no primeiro trimestre foi de 17,5%.
Na comparação com o último trimestre do ano passado, a produção industrial caiu 1,2%, a agropecuária 0,3% e o setor serviços em um 0,2%. Enquanto o consumo das famílias encolheu 1,7% e o investimento 2,7%, o consumo do governo aumentou 1,1%.
O forte aumento dos gastos públicos e a redução dos ingressos, que teve como consequência o maior déficit fiscal na história do Brasil no ano passado, foi apontado como um fator que inibe o investimento no país e aumenta a desconfiança.
A economia também é atingida pela grave crise política do país e a incerteza gerada pela decisão do Senado de afastar do cargo a presidente Dilma Rousseff.
O vice-presidente Michel Temer, que assumiu em 12 de maio como interino, já anunciou algumas medidas para sanar as contas públicas e impulsionar a economia, mas segue sem recuperar a confiança de empresários e consumidores.
Na comparação com o último trimestre do ano passado, a contração nos três primeiros meses de 2016 foi de 0,3%, segundo os dados divulgados pelo governamental Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
O resultado confirma as previsões pessimistas dos analistas, que esperam para este ano uma contração próxima à do ano passado, quando a economia do país encolheu 3,8%, seu pior resultado nos últimos 25 anos.
A contração deste ano pode ser ainda pior se for levado em conta que nos últimos 12 meses até março, o PIB brasileiro acumulou uma retração de 4,7%, quase um ponto percentual acima do crescimento negativo do ano passado.
Trata-se da maior contração acumulada pelo Brasil em um ano desde que o indicador começou a ser medido com os atuais critérios em 1996.
Se essa tendência se mantiver, a economia brasileira, em grave recessão desde 2015, encadeará dois anos seguidos de crescimento negativo pela primeira vez desde a década de 1930.
De acordo com o IBGE, a economia encolheu nos três primeiros meses deste ano pelo quatro trimestre consecutivo na comparação com o período imediatamente anterior e pela oitava vez seguida em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo os dados divulgados pelo organismo, a queda do PIB no primeiro trimestre frente aos três primeiros meses de 2015 foi provocada principalmente pelo desabamento de 7,3% da produção industrial.
A produção agropecuária reduziu 3,7%, a mesma porcentagem que o setor serviços.
Pelo lado da demanda, a contração foi provocada principalmente pelo forte queda do consumo das famílias brasileiras, de 6,3% frente ao primeiro trimestre do ano passado, como consequência tanto do aumento do desemprego, quanto da queda da renda e da alta da inflação.
O consumo do governo também se reduziu, mas só 1,4% na comparação com os três primeiros meses do ano passado.
O consumo dos brasileiros, impulsionado pela redução da pobreza e o aumento da renda, foi o principal motor da economia até há um par de anos, e sua queda é apontada como a principal causa da atual recessão.
Mas a fraqueza da maior economia sul-americana também é explicada pela forte queda do investimento produtivo no país, que no primeiro trimestre foi de 17,5%.
Na comparação com o último trimestre do ano passado, a produção industrial caiu 1,2%, a agropecuária 0,3% e o setor serviços em um 0,2%. Enquanto o consumo das famílias encolheu 1,7% e o investimento 2,7%, o consumo do governo aumentou 1,1%.
O forte aumento dos gastos públicos e a redução dos ingressos, que teve como consequência o maior déficit fiscal na história do Brasil no ano passado, foi apontado como um fator que inibe o investimento no país e aumenta a desconfiança.
A economia também é atingida pela grave crise política do país e a incerteza gerada pela decisão do Senado de afastar do cargo a presidente Dilma Rousseff.
O vice-presidente Michel Temer, que assumiu em 12 de maio como interino, já anunciou algumas medidas para sanar as contas públicas e impulsionar a economia, mas segue sem recuperar a confiança de empresários e consumidores.
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